Em Salvador, o Hospital Geral Roberto Santos, tem funcionado com um déficit de 102 enfermeiros e 210 de profissionais de nível médio, entre auxiliares e técnicos de enfermagem. No Hospital Geral do Estado, o déficit é de 155 profissionais na assistência direta ao paciente. O Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, tem um subdimensionamento de 59%, faltando 65 enfermeiros e 258 profissionais de nível médio. O percentual de déficit do Hospital Geral de Juazeiro chega a 40%.
A denúncia é do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA), que promove nesta sexta-feira (23.10) o 3º Encontro Baiano de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem para discutir os conflitos da profissão.
Conforme dados divulgados pelo Coren, a enfermagem hoje na Bahia é composta por um quadro de 75% de técnicos e auxiliares de enfermagem e 25% de enfermeiros. A recente pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil, lançada em maio nacionalmente, traz dados que
corroboram com as denúncias recebidas pelo Conselho Regional de Enfermagem da Bahia que apontam situações graves de desgaste da profissão: a oferta de subsalários, a concentração regional e saturação do mercado de trabalho, como um desemprego de 9,4% e 1,5% dos profissionais recebendo menos de um salário-mínimo por mês.
A relação com as cooperativas, principalmente as que contratam profissionais para serviços de home care, é outra queixa recorrente. Os profissionais se queixam dizendo que os direitos
trabalhistas não são respeitados, tendo sido obrigados a até dividir despesas com os empregadores.
Cada participante do encontro, que será realizado das 7 às 17 horas no Fiesta Bahia Hotel, no bairro do Itaigara, deverá doar um lenço de cabelo no momento do credenciamento. Os lenços serão utilizados na Campanha Lenços Solidários, e serão entregues às pacientes que estão em tratamento com quimioterapia no Centro Estadual de Oncologia (CICAN).
*Redação Portal Saúde no Ar
