Em comemoração ao dia da consciência negra (20/11) as escolas municipais de Salvador promovem diversas atividades até o final do mês e também durante todo o ano.
São desfiles, oficinas, debates, palestras, peças teatrais que marcam a data e promovem o debate e a conscientização acerca do tema. O trabalho, entretanto, não se restringe a esse período. A temática está presente em sala de aula durante todo o ano, por meio de materiais didáticos e pedagógicos e fazem parte do projeto político pedagógico das unidades escolares.
De acordo com o Salvador possui uma importante trajetória de discussão das relações étnico-raciais dentro das escolas e junto à comunidade escolar. “O Nossa Rede, que é o material pedagógico próprio, construído com a participação dos professores da rede municipal de Salvador, abarca a temática nos diversos anos de escolarização”, afirma. ”
E é uma proposta muito interessante e inovadora, porque trata da questão étnica-racial a partir da transversalidade. Ou seja, é uma temática abordada através de várias disciplinas”, afirmou o secretário municipal da Educação, Bruno Barral. Ele também cita a utilização de materiais específicos e livros literários para as mais diversas faixas etárias que tratam da igualdade étnica, racial, religiosa e de gênero.
Muitas escolas desenvolvem projetos especiais durante o ano. Um deles é o “Meus Super Heróis Também Podem Ser Negros”, desenvolvido pela professora Lorena Costa, na Escola Municipal Gersino Coelho, no Doron. Também o “Festival da África”, da Escola Municipal Teodoro Sampaio, na Santa Cruz, “Laços e Africanidades”, da Escola Municipal Padre José de Anchieta, na Federalção, “Rei e Rainha Azeviche”, da professora Cláudia Mattos da Escola Municipal Consul Schindler, em São Caetano, entre tantos outros.
“Temos um excelente trabalho sendo desenvolvido na Rede Municipal que visa uma formação que busca a equidade, com foco na inclusão e estimulando o respeito à diversidade. E uma das importantes conquistas disso é junto aos nossos alunos: O empoderamento, o fortalecimento da autoestima e uma cultura de respeito e paz. E são conquistas que ultrapassam os muros das escolas”, diz o secretário. “Entretanto, há um longo caminho ainda a ser percorrido. A Educação de Salvador tem importantes avanços, mas muito ainda a aperfeiçoar na busca pela construção de uma sociedade sem racismo, sem preconceitos”, conclui.