A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada na manhã desta terça-feira (02.06) pelo IBGE, revelou que 15,5 milhões de pessoas atendidas em serviços de saúde disseram terem se sentido discriminadas e tratadas de maneira pior que outras pessoas, no serviço de saúde, por algum médico ou outro profissional de saúde. Esse número representa 10,6 % da população das pessoas com 18 anos ou mais.
Os motivos para a discriminação percebidos pelas pessoas foram atribuídos, na maioria das vezes,pela falta de dinheiro (53,9%) e pela classe social (52,5%), motivos de cor ou raça ( 13,6%), tipo de ocupação ( 15,6%) e tipo de doença (14,8%). A idade foi motivo de discriminação sentido por 12 % das pessoas, religião ou crença por 8.1%, sexo por 3,7% e preferência sexual por 1,7%.
A PNS que foi feita em 2013, disse também que das pessoas que já se sentiram discriminadas por algum médico ou outro profissional de saúde, destacaram-se as mulheres (11,6%), as pessoas de 30 a 39 anos (11,9%) e de 40 a 59 anos (12%), bem como as pessoas de cor preta (11,4%), parda (11,4%) e as pessoas sem instrução ou com o fundamental incompleto(11,8%).
Os percentuais daqueles que se sentiram discriminados foram significativamente maiores nas regiões Norte (13,6%) e Centro-Oeste (13,3%).
Os planos de saúde eram mais presentes entre brancos (37,9%) do que em pretos (21,5%) e pardos (18,7%). Em 2013, 27,9% da população tinha plano de saúde(médico ou odontológico). A maior proporção das pessoas com planos ficava nas regiões Sudeste (36,9%), Sul (32,8%) e Centro-Oeste (30,4%) e as menores proporções no Nordeste (15,5%) e Norte (13,3%). Na área urbana (31,7%), o percentual de pessoas cobertas por plano de saúde era cerca de cinco vezes maior que na rural (6,2%).
Observou-se que quanto maior o nível de instrução, maior foi a cobertura do plano de saúde, variando de 16,4 % (sem instrução ou com fundamental incompleto) a 68,8% (nível superior completo. Considerando a cor ou raça, foram verificadas proporções diferentes para pardos (18,7%), pretos (21,6%) e brancos (37,9%).
Quanto maior a idade do beneficiado, maior foi o valort pago ao plano de saúde. Para pessoas de 0 a 17 anos,51% pagavam até R$ 100 de mensalidade. Este valor foi pago por 60,2% das pessoas de 18 a 29 anos de idade. Entre as pessoas de 60 anos ou mais de idade, 24% pagavam até R$ 100,00, 30 % pagavam R$ 500 ou mais de mensalidade.
Na população, 5,2% tinham algum plano de saúde apenas para assistência odontológica, correspondendo a 10, 3 milhões de pessoas. Na faixa de 30 a 39 anos de idade foi verificada a maior proporção de pessoas que tinham plano de saúde apenas para assistência odontológica (7,3% e, entre aquelas de 60 anos ou mais, a menor (2,4%).
Fonte: IBGE
A.V.