Os dados são do Censo Escolar 2021, feito pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), divulgado na tarde desta segunda-feira (31) Entre 2019 e 2021, o Brasil teve queda de 7,3% nas matrículas na educação infantil, o que representa 653.499 crianças de até cinco anos que saíram da escola durante a pandemia. Até então, desde 2005, o país seguia com aumento de matrículas nessa etapa de ensino.
“O preocupante é que os dados mostram que essas crianças não migraram para escolas públicas. Elas simplesmente ficaram sem escola durante um período tão importante para o desenvolvimento social, físico, emocional e cognitivo”, diz Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação.
“Ainda assim, nos preocupa as crianças que, mesmo matriculadas em escola pública, ficaram muito tempo longe da escola, o que pode trazer impactos graves em seu desenvolvimento”, diz Cruz.
Nos anos iniciais do ensino fundamental (do primeiro ao quinto ano), desde 2017, já há uma queda geral nas matrículas, o que é atribuído a uma mudança no perfil demográfico do país. De 2019 a 2021, o número de alunos nessa etapa caiu 3,23%, mas a redução nas escolas privadas foi de 9,2%.
Além da deficiência do ensino para os que durante a pandemia, estudaram em casa ou no sistema hibrido (em casa e na internet, alternando) milhares de crianças se afastaram da escola.