Em nota, a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do órgão criado para avaliar o racismo e violência policial do caso George Floyd; informou que irá analisar a situação brasileira envolvendo os episódios da chacina na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro; bem como a morte de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado em uma “câmara de gás” montada em uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe.
A ação ocorre após o envio de uma denúncia pela Comissão Arns ao Alto Comissariado da ONU solicitando providências em relação à escalada de violência policial no país.
De acordo com o documento, as ações com uso desproporcional da força se intensificaram durante o governo Jair Bolsonaro, que; de acordo com o relatório, “adota uma retórica violenta e abertamente contrária aos direitos humanos”.
Além disso, a denúncia também pede que seja avaliada a presença de discriminação racial no massacre e que seja apresentadas “; medidas para erradicar as causas subjacentes que levam à execução desproporcional de pessoas de ascendência africana pelas forças policiais”.
Ainda assim, a entidade solicita que as autoridades prestem “desculpas formais” em resposta às ações violentas. “Os massacres passaram a fazer parte do cotidiano da população pobre e negra da região do Grande Rio de Janeiro; afetando muitos dos bairros mais pobres e negros desta região metropolitana”, diz a nota.