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Mutirão de Cirurgias em Ipiaú

Os procedimentos cirúrgicos do Mutirão de Cirurgias em Ipiaú começam nesta segunda-feira (5) e seguem até o dia 22, no Hospital Geral do município (HGI). Aproximadamente 500 pacientes de Ipiaú, Aiquara, Barra do Rocha, Dário Meira, Ibirataia, Itagi, Itagibá e Jitaúna, selecionados pelas secretarias municipais de saúde por meio da Lista Única, passaram pela primeira etapa da iniciativa, montada na Praça Ruy Barbosa entre a última sexta-feira (2) e este domingo (4), quando foram submetidos aos exames pré- operatórios. A expectativa é realizar de 380 a 400 cirurgias no HGI, que passou por readequação para atender a capacidade cirúrgica do mutirão. Serão realizadas cirurgias de hérnias umbilical, inguinal e epigástrica, além de colecistectomia (retirada da vesícula) e histerectomia (retirada do útero).

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Acostumados ao tradicional modelo de consultórios e salas para consultas e exames, pacientes e profissionais de saúde que participam da iniciativa aprovaram a estrutura, composta por dois caminhões com aparelhagem de última geração. Em um deles foram equipadas duas salas para ultrassonografias (USG). No outro, três salas de eletrocardiograma e um raio X. Também tem um microônibus, com dois consultórios, para avaliação dos pacientes com um médico e um anestesista.

O radiologista Gustavo Baltazar, um dos colaboradores do mutirão, observou que as unidades móveis permitem atendimento adequado aos pacientes. “Temos aqui equipamentos suficientes para identificar as patologias que eles têm para a indicação da cirurgia. A gente tem o que precisa para o mutirão e para agilizar a fila de cirurgias”, afirmou. Já para o médico Cláudio Mendonça, um dos responsáveis por avaliar os pacientes, “apesar de ser uma estrutura móvel, compacta, ela atende às expectativas e tem um poder de resolutividade importante”.

Moradoras de Acaraci, zona rural de Itagibá, Marilene Caetano, 42 anos, e a mãe, Arenita Guilhermina, 72, que precisa retirar a vesícula, ficaram impressionadas com a agilidade dos serviços oferecidos e com o aparato tecnológico das unidades móveis. “Amei. Muito bom. Uma cirurgia dessa [colecistectomia] seria muito cara [em clínicas ou hospitais particulares]. Uns R$ 3 a 4 mil, né? E a gente não tem condição”, afirmou Marilene, que trabalha como empregada doméstica.

Dona Arenita já perdeu as contas de quantas vezes precisou recorrer a analgésicos por causa dos cálculos na vesícula. Agora, prestes a realizar o procedimento cirúrgico que vai eliminar as dores no abdômen, não consegue esconder a ansiedade. “Outro dia comi uma banana e debrucei de dor. Fiz massagem na barriga, tomei um comprimido e custei a melhorar. Depois da cirurgia não vou mais passar por isso”, disse.

Redação Saúde no Ar*

João Neto

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