Dessa forma, mesmo que o tratamento intensivo não garanta sobrevivência após a doença, aumentam as chances: 49% das pessoas que foram parar em uma UTI sobreviveram. Os números foram compilados pelo pesquisador Diego Xavier, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz (Icict/Fiocruz), que alerta para uma piora desses números, tendo em vista o colapso dos sistemas de saúde na maioria dos estados brasileiros.
Contudo, o levantamento leva em consideração 219.040 mortes por Covid-19 ocorridas em hospitais públicos no Brasil durante quase um ano. Para concluir que um a cada cinco internados morre sem UTI, Xavier somou os números de óbitos de quem não foi de fato para UTI e os que não tiveram registro, nos dados do Sistema Único de Saúde, se chegaram ou não a uma UTI.
Além disso, o calculo mostra a desigualdade no acesso a tratamentos intensivos em meio à pandemia. Em 10 estados, pelo menos 25% das pessoas internadas morreram sem chegar a um leito de UTI. A situação se agrava na região Norte, que tem menor rede hospitalar. Em Roraima, 53% dos pacientes internados morreram sem leito de UTI. Na sequência aparecem Acre (33%) e Amazonas (31%). Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Pernambuco; bem como Rio de Janeiro e Sergipe registram a morte de uma pessoa a cada pelo menos quatro internadas em decorrência da Covid.
Fonte: CNN Brasil
Veja também: Dinamarca suspende uso da vacina da AstraZeneca contra Covid-19