Em entrevista para BBC; a única brasileira e latino-americana no Grupo Conselheiro Estratégico em Imunização de Covid-19 da OMS; Dessa forma a infectologista; falou sobre a carreira e a visão da Organização Mundial de Saúde para uma possível vacinação em massa nos próximos meses.
De acordo com Cristina Toscano; durante os três primeiros anos de curso na Universidade de São Paulo, novas incertezas apareceram e jogaram dúvidas sobre sua escolha. De acordo com ela; “No quarto ano, tive a oportunidade de fazer um estágio de quatro meses em capacitação e promoção da saúde de populações ribeirinhas da Amazônia”, conta. A saúde pública foi amor à primeira vista.
Contudo; após viagem; quando retornou ao Brasil, ela resolveu fazer residência em infectologia. Além disso; fez mestrado e doutorado. Ainda assim; a médica teve uma oportunidade de especializar-se em serviços de inteligência epidêmica no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos.
Atualmente, Toscano é professora da Universidade Federal de Goiás; bem como representante da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) no Estado. Além disso, a especialista atua como a única brasileira e latino-americana no Grupo Conselheiro Estratégico em Imunização de Covid-19 da OMS.
Dessa forma; a equipe de experts se reúne periodicamente para discutir os avanços das pesquisas que desenvolvem uma vacina contra a Covid-19; estabelecer diretrizes sobre os grupos prioritários e definir recomendações sobre o uso dos candidatos a imunizantes. Durante entrevista a infectologista analisou o atual cenário de desenvolvimento das vacinas e as perspectivas de elas ficarem disponíveis à população nos próximos meses.
De acordo com ela; “Se tudo der certo, as primeiras avaliações preliminares das vacinas vão começar em dezembro. A Anvisa vai levar pelo menos um mês para analisar os pedidos de registro. Depois disso, você tem todo o controle de qualidade, que é feito obrigatoriamente em cada lote. Além disso; na sequência, há o processo de distribuição para as dezenas de milhares de postos de saúde do Brasil. Isso tudo não acontece do dia para a noite. Sendo realista, a vacinação não vai acontecer em dezembro ou janeiro”.
Fonte: BBC