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Zika: estudo avalia impacto em bebês de mães infectadas

Colaboração nacional formada por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de outras 25 instituições do Brasil, com apoio da London School of Hygiene & Tropical Medicine;  avaliou os impactos na saúde dos bebês da infecção de gestantes por zika.

Publicado no The Lancet Regional Health – Americas o estudo revelou que aproximadamente um terço dos filhos de mães infectadas durante a gravidez apresentou, nos primeiros anos de vida, anormalidades consistentes com a Síndrome da Zika Congênita (SZC).

De acordo com a Fiocruz, essa pesquisa contou  com a maior quantidade de participantes. Assim, conseguindo detectar com mais clareza a relação entre o vírus zika e possíveis distúrbios congênitos. A necessidade dessa avaliação surgiu após uma epidemia de microcefalia no Brasil, em 2015. Contudo, as amostras pequenas, a alta variabilidade entre as estimativas e a limitação dos dados de vigilância limitavam a possibilidade de calcular os riscos.

Gestações

Os resultados foram encontrados a partir da análise combinada de 13 estudos que investigam os resultados pediátricos em gestações afetadas pelo vírus zika durante a epidemia de 2015-2017 no Brasil. Dessa forma, o estudo reúne dados individuais de crianças nascidas de 1.548 gestantes residentes em diferentes regiões do país.  Os dados abrangem todas as quatro regiões do país afetadas pela epidemia neste período.

Microcefalia

Em relação à microcefalia, condição neurológica em que a cabeça do bebê é menor do que o esperado para sua idade e sexo, uma a cada 25 crianças nascidas de mães infectadas pelo vírus zika durante a gravidez apresentou a disfunção no nascimento ou durante o acompanhamento.

A pesquisa revela que na maioria dos casos, a condição era detectável próximo ao momento do nascimento. Contudo, algumas crianças nascidas com perímetro cefálico normal desenvolveram a microcefalia nos anos seguintes.

Além disso, a pesquisa, revela que o risco de filhos de mães infectadas por zika na gestação apresentarem microcefalia chega a 2,6% no nascimento ou quando avaliados pela primeira vez. Aumentando para 4% nos primeiros anos pré-escolares. Esse risco foi relativamente consistente nos diferentes locais de estudo, sem apresentar variação relativa às condições socioeconômicas ou área geográfica.

 

 

 

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