O Contágio com a zika é a “explicação mais plausível” para os casos de microcefalia e da Síndrome de Guillain-Barré (SGB) surgidos nos países com transmissão ativa do vírus, segundo as evidências disponíveis atualmente, anunciou nesta quarta-feira (7) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No dia 31 de março, a agência das Nações Unidas anunciou que, com base nas informações disponíveis, havia “consenso científico” de que a infecção com o vírus causava microcefalia e Síndrome de Guillain-Barré (SGB).
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Transcorridos seis meses, e após a revisão de mais de 100 estudos científicos, a OMS determinou que “a explicação mais plausível com as evidências disponíveis dos surtos de zika e dos casos de microcefalia é que a infecção durante a gravidez pode causar anormalidades congênitas no cérebro, incluindo microcefalia”.
Em comunicado, a OMS ressalta que estes resultados “são importantes” porque reforçam as medidas de saúde pública recomendadas pela entidade em um momento em que os resultados se basearam em uma avaliação rápida e com poucas evidências científicas.
Esta nova definição dos efeitos da infecção foi elaborada por um painel de especialistas que, no entanto, “reconhece” que o vírus da zika por si só “pode não ser causa suficiente para as anormalidades congênitas do cérebro ou a SGB”.
Os especialistas assumem que “não se sabe” se estes efeitos dependem de um cofator desconhecido.
Entre os possíveis fatores, os cientistas citam o vírus da Dengue, que também é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, o mesmo vetor que transmite a zika, a febre amarela e o chikungunya.
Diante desta situação, o painel recomenda o aumento das medidas de prevenção para reduzir o risco de contrair zika, especialmente durante a gravidez, mas em geral para toda a população. Além disso, pede que as pessoas infectadas recebam toda a informação e apoio.
Fonte: OMS
Redação Saúde no Ar*
João Neto