Quatro indígenas Yanomami morreram em Boa Vista e foram levados em caixões para a Terra Yanomami. Entre as vítimas estão três mulheres, de 45, 49 e 63 annos, e um adolescente de 16 que tiveram complicações causadas por malária e desnutrição.
A informação foi dada pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami. De acordo com ele, os corpos do adolescentes e da mulher de 49 anos estão na comunidades na região de Surucucu, enquanto os corpos das outras duas vítimas chegaram para Awaris, onde moravam.
Todos estavam no Hospital Geral de Roraima (HGR), onde estavam em tratamento, mas não resistiram. A mulher de 45 anos morreu no sábado (18), enquanto os outros três na segunda-feira (20).
A Malária e desnutrição grave são as duas maiores ocorrências na crise de saúde Yanomami, agravada pelo avanço de garimpos ilegais. Hoje entregamos os corpos para as suas comunidades. Esses pacientes estavam com malária e desnutrição e tinham sido removidos para Boa Vista”, disse Hekurari em vídeo à Rede Amazônica.
Dessa forma, agora, os corpos passarão pelo ritual fúnebre tradicional do povo Yanomami. O ritual, chamado Reahu dura semanas. Há um mês o território Yanomami está em estado de emergência na saúde pública. Além disso, desde o dia 16 de janeiro, equipes do Ministério da Saúde e Força Aérea Brasileira realizam o resgate de crianças nas comunidades e mandam para Boa Vista os casos que precisam de internação. Nos quadros mais graves, as crianças são internadas na única unidade de atendimento infantil.
