“Xenhenhem” é o nome da nova virose

Após o carnaval, aumentou em 15 % a procura por atendimento nos postos de saúde por conta de sintomas relacionados a também já tradicional “virose pós-carnaval”. Febre, mal-estar, dores no corpo, diarreia e de outros sintomas como dor física, tosse e nariz entupido são algumas das maiores queixas daqueles que procuram o posto.

A virose já ganhou até nome: “xenhenhem”, em alusão à música do Bloco Psirico, do cantor Márcio Vítor, vencedora do carnaval 2015.

Apesar de serem doenças distintas, gripe e resfriado são freqüentemente confundidos. O  termo “virose” também é comumente empregado pelos médicos, o que pode acaba confundindo os pacientes, que não sabem se estão resfriados, gripados, ou com viroses.

O resfriado pode ser provocado por diferentes vírus respiratórios (rinovírus, adenovírus, parainfluenza e até mesmo o vírus influenza, entre outros) e se caracteriza por apresentar, predominantemente, sintomas de vias aéreas superiores, como coriza, obstrução nasal, prurido nasal, dor de garganta, conjuntivite, podendo ocorrer tosse. Os pacientes apresentam pouca ou nenhuma febre ou comprometimento do estado geral.

Já a gripe é provocada exclusivamente pelo vírus influenza e, além de apresentar os sintomas de vias aéreas superiores (nariz, garganta) e inferiores (brônquios e pulmões) em maior intensidade que o resfriado, caracteriza-se por maior comprometimento do estado geral e febre.

Quanto à “virose” é qualquer infecção causada por vírus”. O termo engloba a gripe, os resfriados e outras infecções virais. As infecções agudas das vias aéreas são causadas por vírus de vários tipos ou por bactérias. Frequentemente, descobrir qual é o vírus que está causando os sintomas não é tarefa simples, e os exames para este fim são demorados e caros. Além disso, as infecções causadas por vírus são tratadas de forma semelhante, independente de qual vírus seja. Por este motivo, após descartarem que a infecção seja causada por bactérias, os médicos costumam utilizar o termo virose, sendo isto suficiente para orientar o tratamento sintomático adequado e com segurança.

Segundo o epidemiologista Ênio Soares, sub-coordenador da Vigilância Sanitária da prefeitura, esse tipo de virose pós-carnaval é chamada de “evento de massa”, por acontecer sempre após uma grande aglomeração. Ele explica que em eventos com número muito grande de pessoas vindas de vários locais diferentes, os vírus trazidos se disseminam com muita facilidade.

Depois da Copa do Mundo, por exemplo foi acentuado o número de pessoas em Salvador com diarreias e outros tipos de viroses, devido ao grande número de vírus circulando. As viroses duram de três a quatro dias e o tratamento é simples. Apenas no caso de crianças com menos de dois anos, ou de idosos, é necessário o internamento.

Na sua opinião é preciso evitar a auto-medicação e procurar um profissional para que não ocorra uma mascaração de uma doença mais grave. O doente tem que tomar vários cuidados e o principal é sempre lavar as mãos. Se a virose for diarreica, beber água e água de coco para se manter hidratado e se respiratória não deixar de cobrir a boca ao espirrar e evitar contatos mais próximos com as pessoas.

Da Redação

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