Uma técnica testada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), e em outros locais no mundo, que consiste em inocular a Wolbachia em ovos de Aedes e depois depositá-los ao ar livre, se tornou uma esperança no combate ao mosquito da dengue e da Chicungunha. Nos mosquitos infectados pela bactéria, o vírus da dengue em geral não consegue chegar nas probóscide, a “agulha” que pica os humanos, e os insetos têm menos propensão a transmitir a doença. Como a Wolbachia é herdada entre gerações de mosquitos, a ideia do projeto é que as populações do inseto comum sejam gradualmente substituídas pelo inseto portador da Wolbachia .
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assinou nesta segunda-feira (17), um documento que formaliza a participação do município de Campo Grande (MS) no “Método Wolbachia”.
“A Wolbachia é uma tecnologia do SUS. Os primeiros testes foram realizados em Niterói (RJ) e, após os bons resultados, decidimos expandir para outras regiões de diferentes biomas, como Campo Grande. O Ministério da Saúde tem aportado recursos e mudou sua linha de pesquisa. Agora as pesquisas financiadas partem dos problemas que afetam a população e o SUS, a exemplo de soluções para doenças como dengue, malária e leishmaniose”, destacou o ministro Luiz Henrique Mandetta.
Petrolina/PE e Belo Horizonte/MG serão as próximas cidades a participarem do Método Wolbachia. Inclusive, estão previstas reuniões de planejamento para o desenvolvimento projeto no município de Petrolina de 3 a 5 março.
Fonte: MS