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Viveiro da prefeitura

Para reduzir os custos da Prefeitura com a aquisição de mudas de árvores, a Secretaria Municipal de Manutenção (Seman) mantém um viveiro que já conta com mais de sete mil mudas em desenvolvimento. O espaço é mantido na sede da Diretoria de Operações da pasta, localizada na Sete Portas, e reproduz, prioritariamente, mudas de palmeiras, que serão incorporadas no paisagismo da cidade ao atingir o tamanho ideal. Entre os tipos de palmeiras cultivadas na estufa estão: palmeira imperial e veitchia. A ação é pioneira e teve início há pouco mais de dois meses.

O processo de cultivo das espécies tem início com a seleção das sementes, que são recolhidas de outras árvores adultas da cidade. Este trabalho é realizado por profissionais da Seman, que encaminham para o viveiro o material coletado. No local, elas passam pelo processo de germinação e vão recebendo cuidados específicos – que levam em consideração as especificidades de cada exemplar – para que se desenvolvam de forma sadia e atinjam bom porte, quando poderão ser relocadas para ruas, praças, canteiros e jardins da cidade. Tudo, até a muda atingir as condições necessárias para ser plantada nas vias públicas, durará pouco mais de um ano. Nesse período, ela deverá atingir cerca de um metro e meio de altura. Mais de 10 mil sementes já foram coletadas e armazenadas na estufa.

De acordo com o titular da Seman, Marcílio Bastos, os benefícios com a estufa vão desde a expansão das áreas verdes da cidade até a elevação da autoestima da população. “Temos uma preocupação em fazer políticas de conscientização e preservação do meio ambiente. Além disso, a estufa é um grande investimento para redução de custos com o plantio de vegetais. A ideia é que essas árvores possam beneficiar prioritariamente as áreas mais carentes de Salvador, que receberão exemplares como a palmeira imperial, que é uma espécie relativamente cara e encontrada em hotéis e locais nobres da cidade”, afirmou o secretário.

Para fortalecer as ações realizadas na estufa, a Seman agora dispõe de um equipamento de compostagem, que vai reaproveitar todo o material coletado nas podas de árvores efetuadas na cidade para transformar em adubo. A primeira máquina já foi adquirida pela secretaria e está passando por testes para que seja possível criar e estabelecer o protocolo de compostagem que será utilizado nas ruas. Também será definida a adaptação do equipamento aos caminhões de coleta, dando velocidade ao processo. Além de abastecer a estufa, o adubo produzido neste processo será utilizado no plantio de novas mudas e gramados em todos os equipamentos públicos – praças, canteiros e áreas de lazer – construídos ou recuperados pela Prefeitura.

Através deste trabalho, a preservação das áreas verdes de Salvador e a melhoria da qualidade de vida da população são facilitadas, já que os custos para manutenção do viveiro são mínimos. “Como todo trabalho é realizado pela Seman, o custo é quase zero. É uma forma de desenvolver a cidade, deixá-la mais bonita e, consequentemente, com os cidadãos mais saudáveis”, afirmou o engenheiro agrônomo da pasta, Welisson Quadros. A aquisição de uma muda de palmeira imperial no mercado atualmente, portando 3 metros de altura, custa em torno de R$300. Neste caso, o cultivo de 10 mil mudas na estuda municipal com estes parâmetros economiza para os cofres da Prefeitura cerca de R$3 milhões.

Aplicativo – Posteriormente, a estufa vai receber alunos de escolas municipais de Salvador para visitação. Os estudantes poderão plantar mudas que serão georreferenciadas, e eles poderão rastrear esses vegetais através do aplicativo Preservar. Cada unidade plantada será identificada com o nome do aluno e um código para que ele possa acompanhar o desenvolvimento da árvore. Em execução desde o ano passado, o aplicativo tem sido um recurso para memória e registro dos vegetais plantados na cidade.

O app, que ainda não está disponível para o público, já é utilizado pelos profissionais da Seman, tanto para controle de plantação de mudas quanto para dar agilidade ao processo de atendimento às solicitações dos cidadãos, já que ele é integrado com o sistema Fala Salvador. De acordo com Marcílio Bastos, ainda não há uma data prevista para lançamento do aplicativo, pois estão sendo analisadas novas tecnologias existes no mercado para serem integradas ao projeto original, de forma a complementar e facilitar o uso da ferramenta antes de ser liberado para download pela população.

Plantio e preservação – A Prefeitura vem dando uma nova cara a Salvador, desenvolvendo projetos para garantir novos plantios e preservação de espécies do bioma Mata Atlântica. Desde 2013, já foram plantadas, através da Secretaria de Cidade Sustentável e Inovação (Secis), cerca 53 mil árvores em diversos pontos da capital baiana. As ações se traduzem no bem-estar da população, uma vez que as árvores regulam o microclima, absorvem o gás carbônico e liberam oxigênio, melhorando a qualidade e umidade do ar.

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