Categories: Dicas de Saúde

Vitamina A e Zinco ajudam a curar a tuberculose

Um relatório realizado por pesquisadores holandeses da Universidade Wageningen, aponta que os pacientes com tuberculose podem se beneficiar da adição da vitamina A e de suplemento de Zinco. O documento foi publicado na edição de abril do American Journal of Clinical Nutrition.

A vitamina A é encontrada em alimentos de origem animal (leite, ovos, fígado), e também nos vegetais folhosos verde-escuros e nos vegetais e frutas amarelo-alaranjados. Já o zinco também pode ser encontrado em alimentos de origem animal, mas principalmente nos peixes e ostras.

Pesquisas anteriores apontam que doentes com tuberculose geralmente sofrem de desnutrição, o que pode enfraquecer o sistema imunológico e aumentar a suscetibilidade a enfermidades. Os cientistas têm observado que a adição de vitamina A e de zinco melhora o sistema de defesa desses pacientes.

Já o trabalho atual, os pesquisadores realizaram um estudo aleatório para averiguar se o acréscimo de vitamina A e de zinco à dieta de pessoas que tomavam medicação contra a tuberculose incrementaria os resultados. Para este estudo, foram avaliados 110 indonésios com tuberculose recém-diagnosticada, sendo que 80 deles completaram concluíram a etapa da pesquisa. De acordo com os cientistas, metade dos pacientes integrou um grupo que recebeu a medicação padrão contra a tuberculose mais 5.000 UI de vitamina A e 15 miligramas de zinco. Os demais tomaram os remédios contra a infecção e placebo.

Antes de iniciar o tratamento, os participantes da pesquisa, foram submetidos a longos exames. Novos testes, foram repetidos no período de 2 e 6 meses. Em meio ao estudo, os pesquisadores descobriram que os complementos pareceram aumentar a eficácia da medicação antituberculose nos primeiros 2 meses de terapia. Em comparação com os doentes que receberam apenas o tratamento convencional, os pacientes que ingeriram os suplementos apresentaram o dobro de chance de eliminar a bactéria da tuberculose do muco pulmonar excretado na tosse em duas semanas – e de manter o efeito por 7 semanas. Nestas pessoas, também foi analisada uma maior redução das anormalidades e das lesões observadas em exames radiológicos.

Segundo as análises dos pesquisadores, foi constatado que diminuir a quantidade de bactéria potencialmente contagiosa presente na saliva do paciente pode reduzir os riscos de contaminação de outras pessoas. A equipe de West concluiu que, se os resultados da pesquisa forem confirmados por estudos maiores, o tratamento padrão contra a tuberculose deve ser alterado para incluir os suplementos, que podem permitir aos médicos reduzir a dosagem ou o tempo da medicação – o que corta custos e potenciais efeitos colaterais.

O jornalismo independente e imparcial com informações contextualizadas tem um lugar importante na construção de uma sociedade , saudável, próspera e sustentável. Ajude-nos na missão de difundir informações baseadas em evidências. Apoie e compartilhe
Jorge Roriz

Recent Posts

Vagas de emprego no Simm nesta quarta-feira (16/07)

O Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra (Simm) oferece 54 vagas de emprego…

2 horas ago

Saúde Integral masculina: alimentação, reprodução e sexualidade

Nesta terça-feira, 16.07, no Programa Em Sintonia, da Rádio Cardeal FM106.1, Patrícia Tosta entrevistou *Dr.…

5 horas ago

Concurso TSE – Provas serão realizadas 08/12 – Inscrição até 18/07

As inscrições para o concurso unificado da Justiça Eleitoral terminam na próxima quinta-feira (18), às…

12 horas ago

2023 bate recorde de bebês com doenças respiratórias

Número chegou a 153 mil no ano, com média de 419 por dia De acordo…

13 horas ago

Saúde nos Bairros chega a São Cristóvão e Alto de Coutos

O programa Saúde nos Bairros está present , em mais duas localidades de Salvador: São…

14 horas ago

Médicos comemoram – Brasil saiu da lista dos 20 países com menores índices de vacinação infantil

Pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da…

14 horas ago