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Vírus oropouche ameaça saúde

O oropouche é um arbovírus (vírus transmitido por um mosquito, como o zika e o da febre amarela), que causa febre aguda e, eventualmente, meningite e inflamação do encéfalo e das meninges (meningocefalite), está com ampla distribuição nas Américas do Sul e Central e no Caribe, tendo se adaptado ao meio urbano e chegado cada vez mais próximo das grandes cidades brasileiras.

Depois da epidemia de zika, iniciada em 2015, e do surto de febre amarela, no começo deste ano, o Brasil está sob forte ameaça de saúde pública por conta da arbovirose. Na Bahia, a febre oropouche teve dois casos descobertos pelo Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Na cidade de Feira de Santana, uma menina de três anos foi internada com suspeita de febre maculosa, doença transmitida por carrapato que não era registrada no estado há 17 anos.

Já houve mais de 500 mil casos relatados no país nas últimas décadas de febre do oropouche, e dados revelam que esse número tende a subir, pois o vírus, transmitido pelo mosquito Culicoides paraensis – conhecido popularmente como maruim ou borrachudo -, antes restrito aos pequenos vilarejos da Amazônia, tem-se alastrado e chegado às grandes cidades do país. Já foi isolado em aves no Rio Grande do Sul, em um macaco sagui em Minas Gerais e foi detectada a presença de anticorpos neutralizantes (que se ligam ao vírus e sinalizam ao sistema imune que destrua aquele corpo estranho e o impeçam de completar a infecção com sucesso) em primatas em Goiânia.

Outro problema para que o vírus venha passando despercebido é que um número significativo de casos de febre do oropouche parece estar sendo confundida com dengue. Os pacientes apresentam os sintomas típicos da infecção, como febre aguda, dores articulares, de cabeça e atrás dos olhos. Contudo, alguns pacientes do oropouche desenvolvem infecção no sistema nervoso central.

Ouça entrevista sobre doenças infecciosas com o médico infectologista Antônio Bandeira, preceptor do Hospital Couto Maia.

 

Fonte: Diário da Saúde

Foto: Pixabay

Redação Saúde no Ar

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