SAÚDE NO AR

Violência além TV, em Redes!

Salta além TV, a violência nossa de cada dia. Basta assistir os jornais diários, os sites jornalísticos, quiçá os espremeu sai sangue. Uma mistura de teatro dos vampiros com alquimia da barbárie. Datena x Marçal é ficha pequena, é apenas uma demonstração do teatro dos horrores.

A violência no Brasil continua a ser um dos principais problemas sociais, com impactos profundos em diversas áreas, como segurança pública, educação e política. Nos últimos dois anos, o narcotráfico, em especial, tem se mostrado um dos principais motores por trás dos altos índices de criminalidade. Essa dinâmica violenta não só afeta as ruas das grandes cidades, mas também influencia eventos violentos nas escolas e na política.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, o Brasil registrou uma leve queda no número de homicídios, com 47.508 mortes violentas intencionais em 2022, uma redução de 1% em relação a 2021, quando foram contabilizados 47.743 homicídios. No entanto, essa queda é marginal diante do impacto contínuo do crime organizado, principalmente o narcotráfico, que ainda lidera as causas de violência letal no país. Além disso, outras formas de violência, como a violência sexual e o aumento dos confrontos armados, seguem crescendo em diversas regiões.

O narcotráfico tem sido um dos principais responsáveis pela violência no Brasil, especialmente nas regiões urbanas. Facções criminosas como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) dominam áreas específicas e entram em confronto constante pelo controle de territórios para a venda de drogas. Esses grupos estão fortemente envolvidos em homicídios, roubos e até mesmo atos de terrorismo urbano, como incêndios de ônibus e bloqueios de estradas.

Dados recentes indicam que o PCC e o CV expandiram sua presença, não apenas nas favelas e periferias, mas também no interior do país, onde há rotas estratégicas para o tráfico de drogas e armas. Em 2022, investigações revelaram a crescente influência dessas facções na Amazônia, onde o tráfico de drogas se conecta com o desmatamento ilegal e o contrabando de minérios.

Nas grandes cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Manaus, a disputa entre facções resulta em confrontos armados frequentes. Em 2023, o Rio de Janeiro registrou aumento nas mortes causadas por intervenções policiais, muitas delas resultantes de operações contra o narcotráfico, que frequentemente acabam vitimando civis.

Violência em Escolas

Inúmeros casos relatados em reuniões de pais, de professores, em conselhos, e por aí vai. O que chega na impressa televisiva é uma mínima fração de um geratriz algoz social, lamentável, os momentos atuais.

Nos últimos dois anos, o Brasil assistiu a um aumento significativo de ataques em escolas, um fenômeno que antes era mais associado a países como os Estados Unidos. A maioria dos ataques foi realizada por jovens motivados por ideologias extremistas ou questões psicológicas, mas a violência que permeia as ruas das grandes cidades, influenciada pelo narcotráfico, também reflete dentro das escolas.

Um dos episódios mais trágicos aconteceu em 2023 em São Paulo, quando um adolescente armado entrou em uma escola e matou três colegas, motivado por discursos de ódio e violência que havia consumido em redes sociais. Outro caso notório ocorreu em Blumenau (SC), onde um homem invadiu uma creche e atacou crianças, resultando em várias mortes.

Impacto na Saúde Mental: O aumento da violência nas escolas gerou preocupações crescentes sobre a saúde mental dos alunos. Muitas instituições de ensino público, especialmente em áreas mais vulneráveis, sofrem com a presença de gangues e narcotraficantes nas redondezas, o que afeta diretamente o ambiente escolar e o bem-estar dos estudantes e professores.

A escola pede socorro, os alunos pedem socorro, os professores pedem socorro. O futuro do país padece por socorro!

Violência na Política

A violência política no Brasil também teve episódios significativos nos últimos anos, intensificados pelas divisões ideológicas e pela polarização política.

Em 8 de janeiro de 2023, manifestantes radicais invadiram e vandalizaram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Este episódio de violência foi motivado por insatisfações políticas e por discursos que questionavam a legitimidade das eleições. As investigações posteriores revelaram a participação de grupos organizados e extremistas, muitos com conexões com o tráfico de armas e a criminalidade.

Atentados contra Políticos: Nos últimos dois anos, houve um aumento dos atentados e assassinatos de líderes políticos locais, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde o controle territorial por grupos ligados ao narcotráfico é mais acirrado. Em 2022, um candidato a prefeito no Maranhão foi morto em um ataque atribuído a disputas com traficantes locais.

A violência no Brasil está profundamente ligada a fatores socioeconômicos. A pobreza e a falta de oportunidades contribuem para a entrada de jovens no narcotráfico, uma vez que o tráfico oferece, para muitos, uma forma de ascensão social, ainda que perigosa e precária. Além disso, a falta de políticas públicas eficazes para combater a violência e oferecer alternativas para a juventude tem agravado o cenário.

A disparidade econômica entre diferentes regiões do Brasil é um fator que perpetua a violência. As regiões Norte e Nordeste, onde o índice de pobreza é mais elevado, também registram as maiores taxas de homicídios, muitos deles ligados ao narcotráfico.

A crise econômica intensificada pela pandemia da COVID-19 levou ao aumento do desemprego e da informalidade, empurrando mais pessoas para atividades ilícitas. Entre 2021 e 2023, o Brasil viu um aumento nas taxas de roubo e furtos, muitos deles relacionados ao tráfico de drogas.

O Brasil continua a enfrentar desafios significativos no combate à violência, especialmente aquela alimentada pelo narcotráfico. Embora tenha havido uma pequena redução nos índices de homicídios, a violência permanece alta e complexa, afetando escolas, políticas e o cotidiano das grandes cidades. Combater essa realidade exige não apenas repressão policial, mas também políticas de longo prazo voltadas para a inclusão social, o fortalecimento da educação integral em tempo integral e o apoio psicológico, tanto nas escolas quanto nas comunidades.

A sociedade precisa reagir, sair da inércia e encontrar soluções de curto, médio e longo prazo. A violência não é bom para ninguém, todos padecem!

 

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