O veneno da abelha, conhecido como apitoxina, está sendo estudado por pesquisadores da Fundação Ezequiel Dias (Funed) que acreditam que ele pode ajudar no tratamento da artrite. A pesquisa, que conta com apoio do Sebrae Minas e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do estado de Minas Gerais, estuda a funcionalidade analgésica e antiflamatória da apitoxina para criar uma pomada a ser usada contra essa doença, uma inflamação articular que gera sintomas como dor, deformidade e dificuldade no movimento,não tendo cura.
O veneno de abelha já é usado como medicamento para doenças como nevrites, traumas, tendinite, bursite e inflamações comuns, mas a principal inovação desse projeto é realizar o fracionamento da apitoxina para retirar o seu potencial alergênico. “Deixamos só a porção ativa, que tem efeitos no controle da artrite. A apitoxina atua estimulando a produção de uma substância que atua sobre os processos alérgicos e inflamatórios”, explica Esther Bastos, pesquisadora da Funed.
Apitoxina
Embora, o projeto, inicialmente, estude o formato de uma pomada com apitoxina para tratamento tópico da artrite reumatoide, a tecnologia abre espaço para formulações injetáveis ou em solução oral. Além disso, mais pesquisas poderão determinar os benefícios da apitoxina no tratamento de outras doenças como psoríase e esclerose múltipla.
A artrite reumatoide é um tipo de doença autoimune, isto é, o sistema imunológico, responsável por proteger o nosso organismo de vírus e bactérias, ataca os tecidos do próprio corpo, neste caso, especificamente a membrana sinovial, uma película fina que reveste as articulações.
Fonte: Saúde Curiosa
A.V.