Vegetarianismo é a forma de se alimentar onde os adeptos não consomem carne de nenhum tipo, nem mesmo aves, peixes, frutos do mar ou insetos. A base da alimentação são as hortaliças, frutas, oleginosas (castanhas), leguminosas (feijões), grãos, sementes, raízes e oleaginosas. Este comportamento não está padronizado, podendo encontrar variações, pois, alguns seguidores podem ou não utilizar mel, açúcar refinado ou queijos coalhados com colágeno de origem animal na dieta. Existem  5 (cinco) os tipos principais de vegetarianos. Ovo lacto-vegetarianos: aqueles que além dos vegetais, consomem ovos, leite e derivados. Lacto-vegetarianos aqueles que além dos vegetais, consomem leite e derivados. É muito difícil definir o grupo ovo-vegetariano, que seria aquele pertencente ao primeiro grupo que por intolerância ou alergia não consomem laticínios. Vegetarianismo estrito: aqueles que só consomem alimentos de origem vegetal. Veganos:  aqueles que não consomem nenhum alimento de origem animal, ou mesmo de origem vegetal, produtos manufaturados, cosméticos, medicamentos ou qualquer produto que tenha implicado em sua produção no sofrimento, sacrifício ou risco de vida para os animais. Os motivos para adesão à prática são muitos: entre as razões da adesão estão questões de saúde, éticas, ecológicas, (sustentabilidade), espirituais, religiosas.  Entre os benefícios do Vegetarianismo  estão os resultados comprovados pelas pesquisas científicas que comprovam menor índice de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como a obesidade, hipertensão e diabetes entre os grupos vegetarianos (VEGs) quando comparados às pessoas onívoras, ou seja, aquelas que ingerem alimentos de origem animal e vegetal. Também, os VEGs apresentam menor taxa de mortalidade e taxas de lipídios plasmáticos, e por consequência, menor prevalência de doenças cardíacas.

Mas é preciso ficar atento aos riscos nutricionais do Vegetarianismo:

Entre os riscos, alguns investigadores destacam a anemia. Contudo, sabe-se hoje que a prevalência da anemia é a mesma tanto em grupos VEGs quanto dos onívoros. O cálcio é uma preocupação, principalmente, em dietas inadequadas ofertadas para grupos em fase de intenso crescimento, como na primeira infância e adolescência, durante a gestação e no período da terceira idade, no entanto, hoje se conhece ampla oferta de cálcio em alimentos de origem vegetal. A vitamina B12 é preocupante na dieta vegana, principalmente, por sua implicação com graves problemas neurológicos, como ainda, doenças cardíacas. Esta vitamina é produzida por bactérias que vivem no trato intestinal de animais e deve ter seus índices monitorados anualmente em todos os grupos, inclusive onívoros, por conta de outros fatores relacionados com sua baixa produção na população, principalmente, nos indivíduos residentes em áreas urbanas. Já para os Veganos a relação com os animais vai além do prato. Enquanto os vegetarianos  não comem carnes de nenhum animal, o vegano busca excluir, na medida do possível e do praticável, todas as formas de exploração e de crueldade contra animais. É sabido que os animais sãos seres sencientes, que percebem o mundo e valorizam as experiências em termos de sensações boas e ruins. Quem convive com um animal, um cachorro por exemplo, sabe que ele sente dor, frio, alegria, fome, e outros sentimentos igualzinho a nós. A partir dessa consciência, o vegano não usa produtos que tenham causado morte ou sofrimento em animais não só na alimentação, mais também no vestuário (cintos e blusões de couro), adornos, medicamentos, cosméticos, higiene e limpeza, entretenimento, trabalho.

O assunto foi tema do Programa Saúde no ar, desta segunda-feira (24.09), Patrícia Tosta conversou com a Nutricionista, Professora, Mestra da Escola de Nutrição da UFBA, Neuza Miranda, com a Nutricionista e Mestra em Alimentos, Nutrição e Saúde, Joseni França e o Pesquisador sobre Nutrição e Vegetarianismo, vegano Valter Cruz.

Ouça a entrevista na íntegra:

O Programa Saúde no ar tem transmissão ao vivo pelas Rádios Excelsior AM 840 e Saúde no ar (web),das 08h às 9h.Acompanhe pelo portal http://www.portalsaudenoar.com.br e pelo aplicativo gratuito RÁDIO SAÚDE NO AR.  com transmissão simultânea através do Facebook @portalsaudenoar.
As segundas-feiras o Programa exibe o quadro: “Comer e ser” e na última segunda do mês tem Roda de conversa sobre o tema que inspirou a série mensal. Participe pelo telefone (71) 3328-7666 e WhatsApp (71) 99681-3998.

Desde o ano de 2017 a Escola de Nutrição/UFBA,desenvolve o projeto de Extensão,“Nutrição, ambiente e saúde no ar: comunicação em saúde e cidadania”, sob a coordenação da Professora Ma.Neuza Maria Miranda dos Santos e colaboração da aluna bolsista do projeto Permanecer, Marianna Menezes Santos. Para participar do Projeto que tem como objetivo apresentar e discutir temas de saúde, em seu conceito ampliado, além de difundir informações científicas sobre nutrição, alimentação saudável e qualidade de vida, basta enviar perguntas ou sugestões de temas.

Fonte;Saúde no ar

Fonte: Participantes

Redação Saúde no ar