De acordo com a imunologista Ester Sabino, professora do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) e uma das coordenadoras da pesquisa; “Essa nova variante pode infectar mesmo quem já tem anticorpos contra o novo coronavírus depois de uma primeira infecção natural”.
Coordenado por Sabino, e o pesquisador da Universidade de Oxford Nuno Faria realizou análise genômica de 184 amostras de pacientes diagnosticados com Covid-19 em um laboratório de Manaus entre novembro de 2020 e janeiro de 2021.
Dessa forma, a pesquisa que utilizou modelagem matemática, cruzando dados genômicos e de mortalidade; a equipe de pesquisadores calcula que a variante de Manaus, conhecida como P.1., possa causar mais transmissões que as linhagens que a precederam.
“O trabalho sugere que esse vírus consegue evadir a imunidade adquirida por infecção, não dá pra falar de vacina nesse momento. Depois vai depender da vacina, podem ser vacinas diferentes”.
Além disso, o trabalho também apontou que em apenas sete semanas a P.1. tornou-se a linhagem do SARS-CoV-2 mais prevalente na região de Manaus.
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