O Ministério da Saúde inicia este sábado (15.08) mais uma campanha de vacinação contra a poliomielite (ou paralisia infantil) e multivacinação com o objetivo de imunizar 12 milhões de crianças entre seis meses e cinco anos incompletos. Isto representa 95% do público-alvo, formado por 12,7 milhões de crianças.
A vacina protege contra os três sorotipos do poliovírus, apresentando uma eficácia de imunização em torno de 90%. Não existe tratamento para a poliomielite e a única forma de prevenção é a vacina.
Segundo o ministério, mesmo crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia poderão se vacinar.
Já para crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina, o Ministério da Saúde recomenda aos pais que consultem um médico para avaliar se a imunização é indicada.
A ida ao posto de saúde também será a oportunidade para colocar a vacinação das crianças em dia. Por isso, paralelamente à campanha, as salas de vacinação promoverão uma mobilização para atualizar o esquema vacinal dos menores de cinco anos.
Infectocontagiosa
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave e embora, na maioria dos casos, a criança não vá a óbito quando infectada, adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.
O Brasil está livre da poliomielite desde 1990 e em 1994, o país recebeu a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Porém, nove países registraram casos da paralisia infantil em 2014 e 2015. Em três deles – Nigéria, Paquistão e Afeganistão – a poliomielite é endêmica. Nos outros seis (Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria e Etiópia) os casos registrados da doença foram decorrentes de importação do poliovírus selvagem.
Fonte: Dicas de Saúde
A.V.