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Vacina pode deter transmissão da dengue

De acordo com cientistas da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, o combate à dengue e outras doenças causadas pelo mosquito aedes aegypti pode ficar mais fácil  a partir de agora. Pelo menos, no que diz respeito à transmissão das doenças. Uma vacina capaz de interromper o ciclo do vírus da dengue no próprio mosquito está mais próxima da realidade, após cientistas terem identificado um gene que é o provável causador da infecção nas pessoas.

Tonya Colpitts, Michael Conway e seus colegas cientistas descobriram um gene do mosquito, batizado de CRVP379, que é o responsável pelo início da infecção ao enviar ordens para a produção de uma proteína venenosa para os humanos.

Para entender o resultado da pesquisa, publicada nesta quinta-feira (22.10) na revista científica PLOS Pathogens, é preciso saber que a  infecção por dengue ocorre quando o mosquito aedes aegypti pica uma pessoa infectada.Daí, ele passa a carregar o vírus e pode transmiti-lo a outras pessoas que picar durante  30 dias, o tempo da sua vida.

A possível vacina contra a dengue só seria aplicada em pessoas que já têm a doença e não nas pessoas que vivem no entorno do doente. Assim, essas pessoas receberiam os anticorpos da vacina, que são capazes de reconhecer o CRVP379 e combatê-lo. Desta forma, será possível criar uma vacina que impeça que a dengue continue se espalhando. O número de pessoas infectadas no Brasil este ano já chegam a cerca de 1,4 milhão.Isso significa que se essas pessoas fossem picadas, o mosquito já não adquiriria o vírus.

Os cientistas acrescentam que a proteína encontrada por eles não têm similaridades com proteínas humanas e isso seria uma vantagem por evitar reações autoimunes indesejadas potenciais de uma vacina com proteína parecida com a humana. Além disso, ela pode ser útil também para bloquear a transmissão de outros vírus pelo mesmo mosquito como a febre amarela e a febre do Oeste do Nilo.

Conforme material publicado pelo UOL, os cientistas também conseguiram detectar anticorpos contra o CRVP379 em amostras de sangue humano, demonstrando que a proteína é capaz de ocasionar uma resposta imune nas pessoas – outro dado a favor para o desenvolvimento de uma vacina.

*Redação Portal Saúde no Ar

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Jorge Roriz

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