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Vacina pneumocócica completa 10 anos no Brasil

A primeira versão de uma vacina pneumocócica conjugada foi aprovada no Brasil em 2009. Neste mês o fato completa dez anos.A vacina ajuda a proteger as crianças das doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae. Entre elas estão: meningite, pneumonia, otite média aguda, sinusite e bacteremia.

Dados da Sociedade Brasileira de Imunizações apontam uma redução de até 40% no número de internações por pneumonia no país e de 70% dos casos de meningite pneumocócica.

“A gente tem um tremendo impacto desde a introdução da vacina”, disse o infectologista pediátrico Renato Kfouri, membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.Em entrevista à Agência Brasil, Renato Kfouri,  explicou que a bactéria pneumococo é responsável por doenças não invasivas, como sinusites e conjuntivites, mas, quando invade a corrente sanguínea, pode causar quadros graves de pneumonia, pericardite e até septicemia.“Quando falamos da vacina pneumocócica, não se trata de proteção contra uma única doença, como catapora ou gripe, mas contra uma série de doenças”, disse. Kfouri

Ele destacou que existem mais de 90 sorotipos da bactéria e que a vacina é feita contemplando alguns deles.“As crianças, além de adoecerem com mais frequência, são as que mais transportam o pneumococo e transmitem para outras faixas etárias. Com a vacina, além de ficarem protegidas, elas deixam de portar a bactéria na garganta ou no nariz e deixam de ser transmissoras, diminuindo os casos da bactéria em adultos e idosos. Há, comprovadamente, esse efeito indireto, que chamamos de proteção rebanho”, explicou.

Otávio Cintra, diretor médico de vacinas da GSK, fabricante da vacina pneumocócica utilizada pelo governo brasileiro, afirmou:”O Brasil foi um dos primeiros países que introduziu, em larga escala, uma vacina conjugada, da nova geração. Até então, tínhamos vacinas polissacarídias, que não dão manutenção, ao longo do tempo, na produção de anticorpos”, relatou.“Na vacina conjugada, a proteína junto ao polissacarídio se transforma em um antígeno muito mais potente e que já pode ser usado a partir dos 2 meses de vida.A dose anterior só podia ser usada a partir dos 2 anos e apenas para pessoas em situação de risco. Não atendia a necessidade, já que 80% das infecções por pneumococo acontecem em crianças menores”, disse.

Fonte:Agência Brasil

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Jorge Roriz

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