A vacina contra a Zika deve demorar pelo menos cinco anos para ser disponibilizada por pesquisadores, estimou José Cerbino Neto, vice-diretor do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas.
“O produto tem que estar em condição de testagem humana, e isso leva tempo, e também leva tempo os estudos de fase um, dois e três”, afirmou o vice-diretor em audiência pública na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (5).
Para o desenvolvimento de um imunizante, são necessárias várias etapas, que vão desde a decisão de que tipo de tecnologia será usada até a comparação entre grupos que foram imunizados e que não foram.
Desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, a primeira vacina contra a dengue, por exemplo, levou 20 anos para ser concluída. Os especialistas ressaltam que a Zika só tem um subtipo, enquanto que a dengue tem quatro.
A proporção de infecções assintomáticas pelo vírus é outro alvo de pesquisa. O Ministério da Saúde informou que 80% das infecções são assintomáticas. “A gente não tem uma sorologia confiável, que permita fazer o critério sorológico e saber quantas pessoas se infectaram sem que tenham desenvolvido os sintomas”, diz.
Redação Saúde no Ar*
Ana Paula Nobre