A vacina desenvolvida pelo Instituto Brasileiro Butantan, criada para combater a dengue, está sendo considerada mais eficaz e potente em comparação à vacina do concorrente. Elaborada em parceria com os Institutos de Saúde dos Estados Unidos, ela tem se mostrado capaz de induzir a imunidade celular contra a dengue.
O Instituto Butantan está na terceira fase de ensaios clínicos da vacina, que possui o diferencial de ter sido criada com o vírus da dengue atenuado, induzindo a duas possibilidades de resposta imunológica, fato natural produzido pelo corpo humano quando este é atacado por um vírus.
Estas respostas vão desde a produção de anticorpos específicos para reconhecer estruturas existentes na superfície do vírus até a ativação de linfócitos T citotóxicos (CD4 e, principalmente, CD8), que reconhecem e destroem as células do próprio organismo infectadas pelo patógeno. As vacinas existentes no mercado não atuam desta maneira.
As descobertas fizeram com que os pesquisadores constatassem que a imunidade celular mediada por linfócitos do tipo T é importantíssima para o controle da infecção pelo vírus da dengue, em detrimento à imunidade mediada por anticorpos.
A etapa atual dos ensaios clínicos está prevista para durar um ano e envolverá 17 mil voluntários, distribuídos em três grupos etários: crianças de 2 a 6 anos, crianças e adolescentes de 7 a 17 anos e adultos de 18 a 59 anos. Os testes buscam comprovar a eficácia do imunizante em proteger contra os quatro subtipos do vírus.
O país está com uma questão em cheque: a escolha entre adotar a vacina do laboratório Sanofi Pasteur ou aguardar a conclusão dos ensaios clínicos do imunizante em desenvolvimento pelo Instituto Butantan. Já em circulação no mercado, a imunização do adversário foi aprovada para ser usada no México.
Redação Saúde no Ar*
(A.P.N)