A vacina em desenvolvimento no Brasil difere da que já está sendo testada nos Estados Unidos. Lá, é utilizada a tecnologia mRNA, que insere na vacina uma partícula sintética do RNA mensageiro do vírus e, então, é injetada no organismo humano e instruída a produzir proteínas que possam ser reconhecidas pelo sistema imunológico.
Diferente das mRNA, as vacinas com VLP , que está sendo desenvolvidas pela USP já possuem histórico de uso, como no papiloma vírus – o HPV. As respostas tendem a ser mais robustas, enquanto a utilização da mRNA gera respostas mais tímidas. A explicação é dada pelo professor Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor) da Faculdade de Medicina da USP.
O professor explica que a parte importante do vírus, a que penetra na célula e que é utilizada para a criação do VLP, são as coronas, ou espículas, que ficam na parte exterior do vírus. “No laboratório, a gente consegue sintetizar essa parte da proteína in vitro. A gente inclui esse peptídeo na partícula viral. São várias proteínas que sintetizamos e forma uma partícula, que colocamos junto a um pedaço do coronavírus que a gente escolheu”.
Fonte: USP