A partir de oito meses, a maconha poderá ser vendida nas farmácias do Uruguai. Nesta quinta-feira (01.10), o governo uruguaio anunciou a concessão de licenças de produção e distribuição da droga a duas empresas privadas, no marco da lei de regulação da cannabis aprovada em 2013.
Segundo o secretário da Presidência da República, Juan Andrés Roballo,disse durante entrevista coletiva à imprensa, “vão levar não menos que oito meses para que a cannabis chegue às farmácias”.
Ao anunciar a concessão de “duas licenças de produção e distribuição da substância (disputadas por 22 empresas), o governo uruguaio deu o último passo na implementação da lei apresentada pelo governo anterior de José Mujica (2010-2015). “O governo está trabalhando com as farmácias para implementar a distribuição da cannabis”, declarou Roballo.
A lei uruguaia de regulação da maconha, aprovada em 2013, habilita o cultivo para consumo próprio de um máximo de seis plantas por pessoa, e a produção da droga em clubes de consumidores ou clubes de cannabis previamente registrados.
Além disso, uma parte da droga que for consumida no país será produzida sob fiscalização estatal por empresas privadas, uma disposição inédita no mundo, e sua distribuição será realizada através de farmácias e pessoas registradas previamente em um sistema de registro de consumidores.
Roballo salientou que o espírito da lei é regulamentar o “consumo com o objetivo de implementar uma política que garanta a saúde da população”. Ele afirmou que a maior parte da maconha consumida no país provém do contrabando.
-O Uruguai busca “prevenir e abordar o consumo abusivo e problemático”, “sensibilizar a população sobre as consequências do consumo” e “contribuir para a luta contra o narcotráfico e o crime organizado”, resumiu Roballo, que classificou como “passo fundamental” a entrega de licenças a empresas privadas para a produção de cannabis.
Redação Portal Saúde no Ar
