Depois de tirar uma foto de uma fêmea de um urso polar raquítica, a fotógrafa Kerstin Langenberger, especializada em fotos do Ártico, relacionou a situação do animal às mudanças climáticas em um post no seu facebook.
O derretimento das geleiras no Ártico tem dificultado o acesso aos blocos de gelo pelos animais e, consequentemente, tem dificultado a pesca para sobrevivência.
A foto tirada em Esvalbarda, cidade do Ártico norueguês confirma um estudo recente publicado na revista Science, apontando que os animais são mais suscetíveis ao aquecimento global do que se imaginava.
Em reportagem à UOL, a fotógrafa contou que ao começar a tirar fotos tudo parecia estar bem na área mais acessível – e bastante protegida – para se aproximar dos ursos polares. Ela disse ter visto animais lindos e fotogênicos, brincalhões e alguns no meio de uma caçada. Mas, ao ver a ursa magra e fraca percebeu o problema.
A boa forma dos ursos, explicou, é quase exclusividade dos machos adultos, que permanecem em blocos de gelo o ano todo, onde é mais fácil encontrar alimento, enquanto as fêmeas, que têm seus filhotes na terra, passam por maior dificuldade para se alimentar e às suas crias.
Na quarta-feira da semana passada ( 26.08), a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) divulgou um estudo uma análise do nível dos oceanos, onde concluiu que o derretimento das geleiras ocorre em velocidade maior do que se imaginava e que nos últimos 23 anos o nível dos oceanos subiu 7,23 centímetros.
A.V.