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Upcycling de alimentos: a solução sustentável para reduzir o desperdício e criar produtos inovadores

A conscientização sobre perdas e desperdícios de alimentos é um tema cada vez mais urgente em todo o mundo. Conforme a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), cerca de um terço de todos os alimentos produzidos no mundo são perdidos, equivalente a 1,3 bilhão de toneladas de alimentos anualmente.

Além de ser uma questão moral e ética, a redução do desperdício de alimentos é crucial para a sustentabilidade ambiental e a eficiência econômica. Vale lembrar que a produção de alimentos consome recursos naturais valiosos e é responsável por grande parte das emissões de gases de efeito estufa.

Mas, por outro lado, o desperdício de alimentos também representa uma perda econômica significativa, que poderia ser evitada se os alimentos fossem aproveitados de maneira mais eficiente.

Por isso, cada vez mais empresas estão conscientes e trabalham para reverter este quadro. Uma das práticas adotadas é o upcycling, que consiste em transformar resíduos alimentares em novos produtos, evitando o desperdício e criando oportunidades de negócios rentáveis e sustentáveis.

Um exemplo de empresa que utiliza esse modelo é a Mahta, que utiliza a farinha da castanha-do-pará desengordurada, resultante da extração do óleo da castanha, em seu Superfoods em pó. Vale destacar que o conceito de upcycling empregado pela foodtech envolve proteger e aproveitar materiais que seriam descartados, gerando benefícios socioeconômicos e ambientais.

Nesse contexto, a Mahta resgata subprodutos originalmente destinados à alimentação animal e, ao pagar até 6 vezes mais na compra desses insumos, a empresa agrega valor e gera impacto positivo nas comunidades locais. Esse subproduto, embora rico em nutrientes, é frequentemente considerado um resíduo da produção de óleo. Ao direcioná-lo para o consumo humano, não se reduz apenas o desperdício de alimentos, mas também proporciona a oportunidade de criar um produto mais nutritivo e saboroso.

Outro destaque no processo de upcycling que ocorre na região, é a produção de uma espécie de “café amazônico”. Neste caso, as sementes dos grãos de açaí, que iriam ser descartadas, são aproveitadas por meio de torra e moagem, o que gera uma bebida semelhante ao café, altamente nutritiva.

“O Upcycling de alimentos é uma prática vital para a segurança alimentar e para o meio ambiente. Ao reutilizar ingredientes que seriam descartados, estamos reduzindo a pressão sobre os recursos naturais e garantindo que todos tenham acesso a alimentos nutritivos. É imprescindível que tenhamos no planeta uma nova visão, uma modificação dos meios de produção para modelos que beneficiem o nosso ecossistema. A Mahta se insere nesse debate com a promoção de ações em prol desse produtor da ponta, que respeita os ciclos da natureza e com toda cadeia, que engloba o meio ambiente, a natureza social do processo e seu impacto no mundo”, destaca Max Petrucci, sócio fundador da Mahta, foodtech que utiliza 15 ingredientes do bioma amazônico em seu Superfood em pó.

Comprar produtos de empresas que utilizam o upcycling valoriza a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente, além de garantir que alimentos nutritivos estejam disponíveis para todos.

“Ao aproveitar ingredientes que seriam desperdiçados, estamos contribuindo para uma economia circular, onde nada é desperdiçado e todos os recursos são utilizados de forma eficiente”, completa Max Petrucci.

 

Sobre a Mahta

A Mahta é uma empresa foodtech que utiliza como base na sua produção ingredientes provenientes de comunidades tradicionais da Amazônia e de pequenos agricultores que operam no modelo de sistemas agroflorestais. A Mahta gera valor, reduz impactos ambientais negativos e entrega inovação no ramo de alimentação para o consumidor final. A Mahta tem como objetivo a missão de não ser apenas sustentável, mas ser uma empresa em consonância com a reconstrução e regeneração do globo terrestre, com a inclusão das cadeias produtivas da população da região amazônica. A proposta da Mahta é a de desenvolver alimentos focados no nosso microbioma, assim como no macrobioma da Amazônia, que é o todo o espaço socioambiental da nossa floresta.

 

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Jorge Roriz

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