No ano de 2020, foram mais de 5,5 milhões de crianças e adolescentes sem acesso à educação. Situação agravada por conta da pandemia, o que fez crescer o número de reprovações; bem como o abandono do ensino e distorção entre idade e série escolar, problemas já existentes no cenário educacional brasileiro.
De acordo com dados da Pnad, a quantidade de alunos, com idades entre 6 e 17 anos, que abandonaram as instituições de ensino foi de 1,38 milhão; acrescentando 3,8% dos estudantes. Além disso, a taxa é superior à média nacional de 2019, quando ficou em 2%.
Em dados divulgados em estudo da Unicef (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para Infância), intitulado “Enfrentamento da cultura do fracasso escolar. A abordagem reflete a realidade de muitos dos jovens o país; ainda mais aqueles com maior vulnerabilidade social. De acordo com relatório, que contou com parceria do Instituto Claro, os estudantes que sofrem com maior impacto do “fracasso escolar” concentram nas regiões Norte e Nordeste, são muitas vezes negros e indígenas ou estudantes com deficiências.
Em levantamento realizado pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime); em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); bem como o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb), Fundação Itaú Social, Fundação Lemann e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); mostra que entre o final de abril e o início de maio de 2020, com quase 4.000 redes municipais de ensino, mostrou que apenas 33% dos domicílios brasileiros possuem computador e acesso à internet.