Nova pesquisa divulgada pela Unicef; detalha as dificuldade de acesso à internet ou baixa qualidade de conexão para assistir aulas on-line; bem como, os problemas que afetam mais os alunos pretos e pardos no Brasil. De acordo com a Fundo das Nações Unidas para a Infância) 42% deles enfrentam essa barreira; enquanto 23% dos estudantes brancos relatam o mesmo. Os dados fazem parte da terceira pesquisa sobre “Impactos Primários e Secundários da Covid-19 em Crianças e Adolescentes”, outras duas edições foram feitas em julho e novembro de 2020.
Além disso, o relatório revela outra dificuldade relatada pelos entrevistados como a falta de tempo de adultos disponíveis para acompanhar as atividades no ensino remoto. No geral, 35% afirmaram que sofrem com essa demanda, índice que sobe para 40% quando considerados apenas estudantes pretos e pardos.
Contudo, entre as principais queixas estão, a falta de equipamentos adequados para as atividades a distância também. Para pessoas com renda salarial de 2 a 5 salários mínimos, a taxa é de 14%. Por outro lado, para famílias com até um salário mínimo, o número é três vezes maior, 54%. Segundo a pesquisa, 29% dos alunos brancos usam apenas o celular para as atividades remotas, o mesmo que ocorre com 48% dos estudantes pretos ou pardos.
De acordo com o líder do Projeto Integração Verde; Ezequiel Arimateira ;”A universalização da internet é pilar decisivo para uma educação de qualidade universal em plena revolução digital na era do conhecimento. O conhecimento está na web, bastas as ferramentas apropriadas e disposição dos envolvidos nas mediações dos conteúdos para o desenvolvimento individual e coletivo em busca permanente de uma sociedade saudável, próspera e sustentável”.
Ainda assim, a pesquisa informa a principal maneira dos alunos se conectarem as aulas e estudos online:
Pelo Whatsapp (71%);
Por atividades impressas (69%);
Em plataformas como Google Sala de Aula (55%);
Outras plataformas online (49%);
No YouTube (28%);
Pela TV (14%).
Ainda assim, mais da metade, 74%, afirma que só retornará quando considerar que não há risco de contaminação pelo novo coronavírus. Dos entrevistados, 41% disseram que a escola já oferece atividades presenciais. Desses, 54% está no Sul e 35% no Nordeste.