O fim das restrições veio depois que o Ministério da Saúde do país anunciou, nesta segunda-feira, 23 de março, que nenhum novo caso de Covid-19 foi notificado nos últimos cinco dias na cidade, em que vivem mais de 11 milhões de habitantes.
Ainda que nenhum novo caso tenha aparecido em Wuhan, a cidade registrou nove mortes no dia 22 em decorrência do coronavírus. No país inteiro, no mesmo período ocorreram 39 novos casos confirmados, sendo a maioria de pessoas que voltaram de viagens internacionais.
Agora, os moradores de Wuhan que apresentam bom estado de saúde podem se deslocar dentro da cidade por meio de ônibus e metrô – mas, para isso, precisam identificar-se à polícia. Para a voltar a trabalhar, os habitantes necessitam de um atestado médico que garante que a pessoa não é portadora do vírus.
Até então, toda a população estava proibida de sair dos limites do município desde o dia 23 de janeiro, quando teve início a quarentena naquela cidade. Agora, as viagens voltaram a ser permitidas aos que comprovarem que estão saudáveis.
Com o quadro da pandemia ao que parece controlado, pode-se dizer que a China ainda é um país muito afetado pelo coronavírus, com cerca de 82 mil contaminações e mais de 3 mil mortes. Só a Itália supera os números chineses: foram mais de 6 mil mortes, embora pareça ocorres uma queda no número diário de mortos e de infectados.
Para nós brasileiros, resta seguir as determinações das autoridades sanitárias, cientes de que ainda temos um longo caminho a percorrer.
Vivaldo José Breternitz é doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, professor de Planejamento Estratégico e Sistemas Integrados de Gestão da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.