Um terço dos homens no Brasil usa algum tipo de estimulante sexual

Uma pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Urologia nesta terça-feira (14), aponta que 29% dos homens brasileiros usa algum tipo de estimulante sexual.  De acordo com o levantamento, desse percentual citado acima – equivalente a um terço –  62% não tomaram essa decisão após recomendação médica. Muitos deles, usam o remédio por indicação dos amigos (41%) ou compram diretamente na farmácia (39%). Há também homens que adquirem o produto através do camelô: 5%.

O estudo contou com 3.200 homens acima de 35 anos, que foram ouvidos, em oito capitais do Brasil: Rio, São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba. Em cada cidade, foram entrevistados 400 pessoas.

“Quem acha que tem que usar estimulantes sexuais não procura um médico para isso. É um contra-senso porque temos que avaliar se o paciente precisa ou não desse medicamento”, avalia o urologista Carlos Sacomani, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia.

Entre os que usam os remédios, 55% tomam apenas para melhorar a performance e ter mais tempo de ereção. Outros 25% usam para aumentar o apetite sexual, segundo ainda a pesquisa – apoiada pelo laboratório Bayer.

De acordo com a consulta, 28% já tiveram pelo menos um episódio de falta de ereção. Quando se trata de desempenho sexual, o maior medo de 42% dos brasileiros é justamente não ter uma ereção. Entretanto apenas 24% temem não satisfazer a companheira. Já 25% apontam não sentir mais prazer –  principal temor.  Outros 64% revelam falhar na “hora H” – um dos maiores incômodos em um relacionamento. A psicanalista Regina Navarro Lins, afirma que a preocupação com ereção existe há 5 mil anos.

A pesquisa ainda mostra que a cada 100 entrevistados, 51 nunca foram ao urologista. No grupo dos que procuram um especialista, 28% vão ao médico uma vez ao ano. Outros 15% relataram ter passado por uma consulta há mais de três anos. Entre os fatores que não deixa os homens frequentarem um urologista, está a falta de tempo (33%) – sendo o principal motivo apresentado.  Em seguida, é evitado pelo medo de detectar algum problema de saúde (15%).

Dentre os problemas de saúde, os homens têm mais medo de infarto (28%). No entanto, eles temem mais a impotência (19%) do que câncer de próstata (14%) e diabetes (13%). E 57% não sabem o que é andropausa – queda progressiva dos hormônios masculinos. Quem conhece, apontou que os sintomas são ausência de ereção e diminuição do desejo sexual.

Fonte: O Globo

L.O.

 

 

 

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