Pesquisa deste ano do Fórum Econômico Mundial, mostrou que a confiança pública no governo ocidental, nos meios de comunicação social e nas instituições empresariais é baixa, com a Grã-Bretanha registrando um declínio particularmente acentuado.
De acordo com a pesquisa, até mesmo as organizações não-governamentais estão em apuros: apenas 54% das pessoas dizem confiar nas ONG para dizerem a verdade sobre as novas inovações. Em algo, porém, todos concordam: as questões das alterações climáticas são agora mais dominantes do que nunca.
No curto prazo (nos próximos dois anos), os riscos ambientais acompanham a desinformação, os conflitos geopolíticos e as ameaças cibernéticas como temas que preocupam os delegados do Fórum. Contudo, no longo prazo (nos próximos 10 anos), os temas ambientais ocupam os cinco primeiros lugares na lista de questões que mantêm os integrantes do Fórum acordados à noite.
Dessa forma, o Parlamento Europeu deu luz verde final a uma diretiva que irá melhorar a rotulagem dos produtos e proibir a utilização de alegações ambientais enganosas, prática conhecida como greenwashing. Adotada na semana passada com 593 votos a favor, 21 contra e 14 abstenções, a decisão procura proteger os consumidores de práticas comerciais enganosas e ajudá-los a fazer melhores escolhas de compra.
Para conseguir isso, vários hábitos de marketing problemáticos relacionados com o greenwashing e a obsolescência precoce dos produtos serão adicionados à lista da UE de práticas comerciais proibidas. Mais importante ainda, as novas regras visam a tornar a rotulagem dos produtos mais clara e mais confiável, proibindo a utilização de alegações ambientais gerais como “amigo do ambiente”, “natural”, “biodegradável”, “neutro para o clima” ou “eco” sem provas.
A utilização de rótulos de sustentabilidade também será agora regulamentada, dada a confusão causada pela sua proliferação e pela falta de utilização de dados comparativos. No futuro, apenas serão permitidos na União Europeia rótulos de sustentabilidade baseados em sistemas de certificação oficiais ou estabelecidos por autoridades públicas. Além disso, a diretiva irá proibir alegações de que um produto tem um impacto neutro, reduzido ou positivo no ambiente com base em esquemas de compensação de emissões.