Tratamento para depressão de crianças e adolescentes é realizado no Hupes

A conscientização sobre a prevenção do suicídio é muito forte no chamado Setembro Amarelo, mês em que o assunto é tratado com mais ênfase. Uma das principais causas que leva a tendências suicidas é a depressão, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já apontou ser o principal motivo de incapacidade de realização das tarefas cotidianas entre jovens de 10 a 19 anos. E é exatamente nesta faixa etária que a depressão tem se alastrado, colocando em xeque o papel de pais e professores na ajuda do diagnóstico.

No Ambulatório de Psiquiatria do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia e vinculado à Rede Ebserh (Hupes-UFBA/Ebserh) cerca de 40 crianças e adolescentes chegam ao local, mensalmente,  em busca de tratamento para depressão. Segundo a OMS na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio, onde no Brasil é a quarta maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos.

Depressão é o transtorno de humor que se caracteriza basicamente por tristeza e o desinteresse, associados a transtornos de sono, de alimentação e somáticos como tonturas e taquicardia. Nas crianças, a falta de prazer em atividades habituais pode ascender o sinal de alerta, enquanto nos adolescentes a automutilação e o isolamento podem indicar traços de depressão.

A médica Aline Sampaio, professora do Departamento de Neurociências e Saúde Mental da UFBA e psiquiatra do Hupes, alerta que as crianças e adolescentes nem sempre dão sinais tão característicos da doença. “É mais comum que eles apresentem irritabilidade, agitação, explosões de raiva e agressividade, tristeza, sensação de culpa e de melancolia. O que nós aconselhamos é tentar entender o contexto do filho, principalmente, observar a duração desses sentimentos (mais de um mês já é preocupante), a intensidade e de que maneira eles estão afetando a vida”, descreve.

Serviço

O atendimento no Ambulatório de Psiquiatria para crianças e adolescentes acontece toda às terças-feiras no período da manhã. No entanto, para serem atendidos, os pacientes devem ser encaminhados, via regulação, por uma Unidade Básica de Saúde.

Sobre a Rede Hospitalar Ebserh

O Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde 02 de dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.

Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, a os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede de Hospitais Universitários Federais atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.

 

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