De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos e esse fato é considerado atualmente, um problema de saúde pública mundial. Preocupados com essa alarmante realidade, 28 hospitais universitários filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), oferecem tratamento psicossocial com equipes multiprofissionais que envolvem médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas, dentre outros.
O tema suicídio tomou os noticiários nas últimas semanas, quando o desafio da “Baleia Azul” reacendeu uma antiga discussão: doenças psicossociais que podem levar as pessoas a tirarem a própria vida. O assunto ganhou repercussão nacional depois que uma adolescente de 16 anos foi encontrada morta em uma represa no estado de Mato Grosso, supostamente após cumprir o último desafio do jogo, e de ter sido registradas outras ocorrências de tentativas de suicídio.
O jogo da Baleia Azul surgiu nas redes sociais russas e consiste em listar uma série de 50 desafios, que incluem automutilação, culminando com o suicídio do participante. Apesar do teor criminoso do jogo, adolescentes com transtornos de personalidade podem se tornar alvo fácil.
Apoio emocional-No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) atende pessoas com comportamento suicida 24 horas por dia pelo telefone 141, além de e-mail, chat e Skype. A associação, que fornece apoio emocional e prevenção ao suicídio, registrou o dobro de pedidos de ajuda desde a estreia de “13 Reasons Why”, série lançada no fim de março que aborda o suicídio de uma adolescente. Produzida pela cantora Selena Gomez, a série é inspirada no livro homônimo de Jay Asher e narra as razões que levaram uma estudante a tirar a própria vida.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos de idade, com mais de 800 mil casos por ano em todo o mundo. Geralmente, essas pessoas chegaram a procurar ajuda e não tiveram o tratamento da melhor forma.
Campanha Baleia Rosa- Um designer e uma publicitária do estado de São Paulo, vieram na contramão das más notícias,começando por mudar a cor da baleia de azul para rosa. O site proposto pela dupla, que prefere se manter no anonimato, pretende mudar o rumo dessa história, e, ao contrário da “Baleia Azul”, propõe a valorização da vida e dos momentos positivos.
Para passar de fase, o participante, por exemplo, deve se olhar no espelho e dizer que é lindo e postar uma foto usando uma roupa que gosta muito. Outra coisa, aqui é proibido tirar a própria vida, pois é importante estar bem vivo para vibrar com a última tarefa, proposta pelos idealizadores do game, que é salvar uma vida fazendo uma doação a alguma instituição de caridade, idônea.