Segundo entidades medicas; entre 7% a 10% da população infantil de um a cinco anos; possuem boa compreensão, funções cognitivas preservadas; bem como audição; porém não desenvolvem a linguagem como o esperado. Isso se da por conta do distúrbio chamado Transtorno de Desenvolvimento de Linguagem (TDL).
O que é o transtorno?
Chamado de Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem ou TDL; é um atraso ou dificuldade no aparecimento ou desenvolvimento da linguagem oral (fala); e não tem conexão com distúrbios auditivos; bem como o TEA (Transtorno do Espectro do Autismo). Embora seja um dos problemas de desenvolvimento infantil mais comuns, é o que menos se ouve falar. Quem sofre deste transtorno, possuiu todas as condições para falar; mas não consegue ou apresenta muita dificuldade neste processo.
Quais os Sintomas?
De acordo com o DTL Brasil; entre os principais sintomas do transtorno estão:
- A criança pode não falar muito e achar difícil se expressar verbalmente;
- Ela pode ter dificuldade para encontrar palavras ou usar vocabulário simples.
- A linguagem da criança pode parecer imatura para a idade;
- Ela pode não entender ou lembrar o que foi dito.
Além disso, é preciso ressalta que como os demais transtornos de saúde e desenvolvimento; os sintomas de apresentam de forma distintas para cada criança.
Acompanhe a respostas para as principais questões sobre TDL
Até quando esperar?
Dessa forma, a identificação e tratamento do TEA é feita por fonoaudiólogos; contudo; os primeiros sinais devem ser captados pelos pais, que começam a perceber problemas no desenvolvimento linguístico da criança por volta dos dois ou três anos de idade.
De acordo com, as diretrizes publicados pelo Ministério da Saúde sobre o desenvolvimento da linguagem em crianças; na fase pré-linguística que vai até por volta dos 12 meses de vida; ainda que não saiba falar, a criança apresenta linguagem. A criança inicia a interação simbólica com o outro pelo olhar/expressão facial, pelos movimentos e contatos corporais. Ainda assim, por volta de 6 a 7 meses de vida, as emissões orais evoluem para balbucios, aos 12 meses surgem as primeiras palavras contextualizadas. Nesse período os pais precisam estar atentos a criança.
O que dizem os especialistas?
Dessa forma, segundo Juliana Trentini, fonoaudióloga que apresenta o canal Fala Fono, no Youtube; embora nem todas as crianças tenham o mesmo ritmo de desenvolvimento – e, portanto, a comparação com outras da mesma idade nem sempre seja o melhor norteador. Pensamentos como “cada uma tem seu tempo” também não devem ser levados em consideração. “Se a criança demorar a andar, os pais vão procurar um especialista. Se demorar a comer, a mesma coisa. Mas quando se trata da fala é normal acharem que a criança vai falar no tempo dela.
Se houver qualquer desconfiança de dificuldade na aquisição de linguagem; é recomendável buscar ajuda de especialistas. Uma intervenção considerada precoce, feita antes dos três anos; com terapia fonoaudiológica e acompanhamento médico, pode oferecer resultados mais rápidos. Bem como, esse primeiros anos da criança são muitos importantes para o desenvolvimento da fala e aquisição da linguagem. São períodos de janela de oportunidade neurológica. Então, quando isso não acontece no momento oportuno, a janela se fecha. Isso não significa que não vão aprender a falar, mas que não vão conseguir falar com tanta facilidade como se tivessem recebido o suporte adequado. A linguagem é um indicador importante do desenvolvimento neurológico. Ou seja, é um risco esperar até depois dos 3 anos para que os pequenos comecem a falar.
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