Transplante de fezes pode curar diarreia persistente

Um novo procedimento para a cura de uma diarreia provocada pela bactéria clostridium difficile está dando o que falar. Trata-se do transplante de fezes de três pessoas saudáveis, normalmente da família, para o intestino do paciente com infecção intestinal. O primeiro procedimento no Brasil,  foi realizado pelo endoscopista Arnaldo José Ganc, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva.

As fezes dos doadores são batidas em um liquidificador com soro fisiológico e a partir daí 15 ml do líquido são separadas para serem injetadas no portador da bactéria.

Os procedimentos como este já foram realizados com sucesso no Brasil, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O resultado da cirurgia aparece em menos de 24 horas, sendo que 95% dos pacientes ficam curados da infecção causada pela bactéria. O médico Arnaldo José Ganc, realizou o procedimento com base  em uma pesquisa holandesa publicada em janeiro de 2013, na revista científica The New England Journal of Medicine.

Difícil de ser eliminada, a bactéria clostridium difficile chega a habitar o intestino de muita gente de maneira silenciosa, sem causar dano algum. Como forma alternativa à cirurgia existe apenas um remédio, que trabalha na tentativa de erradicar a diarreia persistente, contudo suas taxas de eficácia não são altas. 

Estudiosos americanos testam a possibilidade de submeter os líquidos das fezes em pequenas cápsulas, para que possam ser ingeridas de uma forma menos invasiva do que a colonoscopia ou endoscopia, que atualmente são as únicas formas usadas pelos médicos para se injetar a substância de fezes liquidificadas.

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