No XII Congresso Brasileiro de Doenças Cerebrovasculares, realizado em Goiânia, de 16 a 19 de outubro, um trabalho desenvolvido na Unidade de Acidente Vascular Cerebral do Hospital Geral Roberto Santos (UAVC-HGRS), em Salvador, com o tema: ‘Impacto da ocorrência de delirium sobre pacientes internados em unidade de acidente vascular cerebral’, ficou entre os três melhores apresentados no Congresso.
“Embora seja comum em pacientes com AVC, não há estudos que associem os subtipos clínicos de delirium com desfechos como morte e incapacidade funcional. O objetivo desse estudo foi avaliar o impacto da ocorrência de delirium, em seus diferentes subtipos motores, sobre o prognóstico de pacientes com AVC”, explica, o neurologista Pedro Antonio Pereira, coordenador da UAVC-HGRS.
Segundo Pedro Pereira, 227 pacientes foram admitidos e registramos a incidência de delirium em 31.3% (71 pacientes), sendo o subtipo hipoativo o mais frequente”
O delirium foi associado ao aumento do risco de piores desfechos na alta hospitalar, aos 30 e 90 dias, além de maior tempo total de internamento. A mortalidade intra-hospitalar e aos 90 dias foi maior nos pacientes com delirium, respectivamente.