Tio de Diretor-geral da OMS morreu em conflito na Etiópia

Tedros Adhanon, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou que seu tio foi assassinado por tropas da Eritreia que atuam na conflituosa região de Tigré, na Etiópia.

O Tigré, no norte da Etiópia e de onde Adhanom é originário, a localidade é palco de um dos principais conflitos no mundo. Apenas em 2022, milhares de pessoas já morreram na região e outras milhões tiveram que fugir de casa.

Contudo, há semanas, os dois lados disseram ter alcançado um acordo de cessar-fogo. Por outro lado, as tropas da Eritreia, ao norte, e as forças da vizinha região etíope de Amhara, ao sul, que lutaram ao lado dos militares da Etiópia em Tigré, não fizeram parte do cessar-fogo.

Adhanom, que atuou como ministro da Etiópia, critica constantemente a atuação do governo do país no conflito. Na quarta-feira (14), no entanto, o diretor da OMS acusou a Eritreia de ter matado seu tio, que vivia no Tigré.

A agência de notícias Reuters consultou o ministro da Informação da Eritreia, Yemane Gebremeskel, mas ele não havia respondido até a última atualização desta notícia.

De acordo com informações obtidas pela Reuters, testemunhas e trabalhadores humanitários na região norte disseram que, apesar da trégua, as forças da Eritreia saquearam cidades, prenderam e mataram civis nos municípios que ainda controlam na região.

Segundo Tedros seu tio mais novo, com quem ele cresceu, foi morto por soldados eritreus em uma vila no Tigré. Ele se recusou a fornecer a localização porque disse temer que a vila enfrentasse retaliações. Isso segue ao assassinato de um primo no ano passado no Tigré, quando aconteceu a explocação de uma igreja, disse ele, sem dar mais detalhes.

 

 

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