Uma substância presente na salsa, no tomilho, na camomila e na pimenta malagueta tem forte efeito neurológico, constata pesquisa realizada pelas Universidades Federais da Bahia (UFBA) e do Rio de Janeiro (UFRJ). De nome científico apigenina, a substância é capaz de aumentar a formação de neurônios humanos e fortalecer a comunicação entre eles.
A pesquisa brasileira é a primeira a demonstrar o efeito positivo em células humanas e a detalhar os mecanismos de ação do composto. Os pesquisadores acreditam que a substância pode vir a ser uma alternativa ao estrogênio para as terapias contra doenças neurodegenerativas.
Uma dieta rica em apigenina pode influenciar positivamente a formação de neurônios e o modo como eles se comunicam entre si no cérebro. Pertencente a um grupo chamado flavonoides, a apigenina tem efeitos positivos sobre a memória e o aprendizado, além do potencial de proteção das conexões cerebrais, as sinapses. Este resultado já havia sido apresentado em experimentos anteriores com animais.
A apigenina age de modo similar ao estrogênio, hormônio feminino que tem mostrado capacidade de adiar a progressão de doenças associadas à baixa formação de neurônios, como a esquizofrenia, a depressão e o Mal de Parkinson e Alzheimer. A apigenina liga-se aos receptores de estrogênio nos neurônios e produz efeitos similares ao hormônio, porém sem os danos colaterais associados ao uso do estrogênio, que apresenta risco de desenvolvimento de tumores e problemas cardiovasculares.
Redação Saúde no Ar*
(A.P.N)
