Na trama, pedófilo consegue se passar por uma garota perfeitamente, enganando uma adolescente. Contudo, na vida real, o recurso com qualidade tão alta exige muito dinheiro, dizem especialistas.
Cenas de um pedófilo que se passa por uma adolescente em videochamada têm viralizado nas redes sociais: a situação é retratada na novela “Travessia”.
A personagem Karina (vivida pela atriz Danielle Olímpia) chegou até mesmo a tirar a roupa em frente às câmeras, acreditando que quem estava do outro lado era a sua amiga virtual.
Na trama, o criminoso tem seu rosto e voz modificados por um programa de computador, podendo enganar com facilidade quem o vê do outro lado.
Especialistas contaram ao g1 que a tecnologia já existe na vida real. É tão nova que nem nome oficial possui, podendo ser chamada, por enquanto, de “deepfake ao vivo” ou “deepfake live”.
Apesar de ela já poder ser usada em golpes, existem dois entraves:
“Deepfake” é uma tecnologia que permite mostrar o rosto de uma pessoa em fotos ou vídeos alterados com ajuda de inteligência artificial (IA).
O material falso é criado a partir de conteúdos verdadeiros da pessoa que são modificados por meio de aplicativos ou programas de edição que já existem no mercado.
O “deepfake” simulado na trama de Glória Perez tem a mesma ideia, porém é feito em tempo real, sem qualquer edição. Essa solução é nova — surgiu em 2022 — e é uma evolução do “deepfake” que conhecemos hoje, explica Fernando Oliveira, conhecido como Fernando 3D, especialista no tema e em inteligência artificial da FaceFactory.
Fazer um “deepfake ao vivo” com a qualidade que é mostrada na novela exige um computador potente com capacidade para processar as alterações em tempo real.
Segundo Fernando 3D, seria necessário desembolsar muito dinheiro em equipamentos para chegar a esse nível. Mas também é possível fazê-lo com menos gastos, usando apps mais baratos, só que de qualidade bem inferior.
“Para conseguir a qualidade que é exibida na novela, não dá para usar só software (programa ou aplicativo). É preciso programar, com algoritmos que trabalham com dados e códigos”, explica Fernando 3D.
Esses algoritmos vão processando dados, que são a imagem e a voz de uma pessoa. Quanto mais dados, maior a eficiência do “deepfake” ao vivo, explicam os especialistas.
Bancos de dados (de rosto e voz) são alimentados por pessoas reais, por isso os famosos podem ser mais visados, já que existe mais conteúdo online com eles.
“Quanto mais dados existirem publicamente, mais fácil será capturar e tratar eles para essa finalidade [de ‘deepfake ao vivo’]”, afirma Alberto Luiz Albertin, professor e coordenador na área de TI e Transformação Digital da FGV EAESP.
Fonte: G1
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