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Taxa de desocupação cai na Bahia

Na BA, desocupação cai por conta do aumento no número de pessoas que não estão trabalhando nem procurando emprego, o recuo na taxa do 2º para o 3º trimestre (de 17,3% para 16,8%) foi resultado do queda no número de pessoas desocupadas (que estão procurando trabalho). Mas isso não ocorreu porque houve aumento do número de pessoas trabalhando (população ocupada), e, sim, porque cresceu o número de pessoas fora da força de trabalho, ou seja, que não estavam trabalhando nem procurando trabalho.

No 3º trimestre, 1,170 milhão de baianos de 14 anos ou mais de idade estavam procurando trabalho (população desocupada). Esse grupo teve leve redução frente ao 2º trimestre (quando somava 1,215 milhão de pessoas), mas mostrou pequeno aumento em relação ao 3º trimestre de 2018 (quando eram 1,130 milhão de desocupados).

Por outro lado, o número de pessoas trabalhando no estado (população ocupada) ficou em 5,802 milhões no 3º trimestre, praticamente igual ao do 2º tri/19 (5,805 milhões de pessoas ocupadas) e um pouco menor que o contingente de trabalhadores no 3º tri/18 (5,860 milhões). O que aumentou, em ambas as comparações, foi o número de pessoas que não estão trabalhando nem procurando trabalho (população fora da força de trabalho), que chegou a 5,017 milhões no 3º tri/19, frente a 4,991 milhões no 2º tri/19 e 4,985 milhões no 3º tri/19.

O número de pessoas fora da força de trabalho na Bahia (5,017 milhões) atingiu seu maior patamar para um 3º trimestre desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012, e o segundo maior nível considerando todos os trimestres da pesquisa (menor apenas que o verificado no 2º trimestre 2018: 5,075 milhões de pessoas).

Dentre esses que estão fora da força de trabalho, os desalentados somaram 781 mil pessoas no 3º trimestre de 2019. Esse grupo voltou a crescer na Bahia, tanto na comparação com o trimestre imediatamente anterior (eram 766 mil no 2º tri/19) quanto frente ao 3º trimestre de 2018 (quando era de 763 mil pessoas). O estado continuou com a maior população de desalentados do país.

No Brasil como um todo, os desalentados chegaram a 4,703 milhões no 3º trimestre do ano, mostrando quedas tanto frente ao total do 2º trimestre (4,9 milhões, o recorde) quanto frente ao 3º trimestre de 2018 (4,734 milhões).

A população desalentada é aquela que está fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade. Entretanto, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

Já na cidade de Salvador e na RMS, os recuos nas taxas de desocupação foram influenciados também por algum aumento no número de pessoas trabalhando, sobretudo na capital.

Em Salvador, 1,432 milhão de pessoas de 14 anos ou mais de idade estavam trabalhando no 3º trimestre de 2019, frente a 1,418 milhão no 2º tri/19 e 1,413 milhão no 3º tri/18. Por outro lado, o número de desocupados diminuiu, chegando a 254 mil pessoas (frenta a 306 mil no 2º tri/19 e 271 mil no 3º tri/19).

Entretanto, também na capital houve aumento do número de pessoas que não estavam trabalhando nem procurando trabalho. Esse grupo chegou a 755 mil pessoas no 3º trimestre deste ano, frente a 739 mil no 2º tri/19 e 742 mil no 3º tri/18.

No 3º trimestre de 2019, a taxa de desocupação na Bahia ficou em 16,8%, abaixo da verificada no 2º trimestre (17,3%), mas ainda ligeiramente acima do indicador do 3º trimestre de 2018 (16,2%). Continuou sendo a maior taxa do país, seguida de muito perto pela do Amapá (16,7%). No país como um todo, a taxa de desocupação foi de 11,8% no 3º trimestre de 2019.

Salvador teve uma redução bem mais expressiva na taxa de desocupação, que ficou em 15,1% no 3º trimestre do ano, frente a 17,7% no 2º trimestre (taxa que havia sido a recorde para a capital) e 16,1% no 3º trimestre de 2018. Com o resultado, o município deixou o topo do ranking de desocupação entre as capitais, caindo da 1ª posição no 2º trimestre para a 6ª posição no 3º trimestre. Recife (17,4%), Macapá (17,4%) e Manaus (17,2%) tiveram as maiores taxas no período de julho a setembro.

Na RM Salvador, a taxa de desocupação ficou em 16,7% no 3º trimestre, também menor tanto que a do 2º trimestre (18,6%) quanto da verificada no 3º trimestre de 2018 (18,2%). Com esse resultado, a RMS caiu uma posição no ranking de desocupação, passando de 2ª a 3ª maior taxa entre as regiões metropolitanas investigadas, abaixo das RMs de Recife (18,1%) e Macapá (17,4%).

 

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Joice Mara Araujo

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