Os malefícios do tabaco são reconhecidos e com frequência causam patologias cardiovasculares e inclusivamente carcinomas. O que não se sabe é que outra das consequências de fumar é a perda de visão.
Quando uma pessoa fuma, ela inala uma grande quantidade de substâncias nocivas para o corpo, sendo a nicotina apenas uma delas. Como o corpo não consegue metabolizar adequadamente esses elementos, eles caem na corrente sanguínea e são levados para as células, inclusive dos olhos.
Sendo a retina um elemento que necessita de muita irrigação, a chegada de elementos tóxicos até ela prejudica a sua vascularização e, em última análise, o seu funcionamento. É por isso que o hábito de fumar está associado a um risco aumento de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)
Esse problema pode causar visão embaçada, distorção e, até mesmo, perda de visão. Como conclusão de estudos, foi encontrado que quem fuma também tem de 2 a 3 vezes mais chances de desenvolver DMRI ao longo da vida.
A pessoa que fuma e é diabético está ainda mais vulnerável. Isso porque há um efeito aditivo negativo do ato de fumar que se associa às alterações vasculares induzidas pelo próprio estado hiperglicêmico. O tabagismo é mais um dos muitos fatores de risco, que incluem idade avançada, traumatismo, inflamação intraocular persistente, radiação ultravioleta, diabetes mellitus, hipoparatireodismo, administração prolongada de corticosteroides e índice de massa corpórea elevado. A catarata apresenta relação epidemiológica com o hábito de fumar, na forma dose dependente e cumulativa.
O asssunto foi tema do Programa Saúde no ar , a médica oftalmologista Deise Oliveira, que integra a equipe do Hospital Humberto Castro Lima, abordou o assunto. Ouça o comentário na íngegra.