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Tabagismo e os impactos para a saúde

Nesta sexta- feira (29/05), no Programa Excelsior Saúde da Rádio Excelsior da Bahia, Patrícia Tosta entrevistou, Lucas Teixeira Batista – presidente da Sociedade Brasileira de Urologia- Seção Bahia, Carla Germiniana – técnica do programa municipal de combate ao tabagismo, e o  Dr. Augusto Modesto é urologista, especialista em Transplante Renal (2006) e em Oncologia Urológica e Mestre em Oncologia,coordenador científico da Sociedade Brasileira de Urologia seccional Bahia (SBU-BA).

O tema do programa foi: O tabagismo e os impactos para a saúde

No Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de maio (sexta-feira), especialistas alertam para os riscos que o cigarro traz para a saúde. Além do câncer de pulmão, ele está presente em cerca de 70% dos acometidos por câncer de bexiga, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
As substâncias tóxicas do cigarro, quando inaladas, entram na corrente sanguínea e são filtradas pelos rins e eliminadas pela urina que agridem a parede da bexiga, o que pode danificar células da região. Outros fatores que facilitam o desenvolvimento desse tipo de câncer são exposição à radiação, como na radioterapia, infecção urinária com muita frequência e trabalhar com produtos químicos derivados de petróleo, como o benzeno.
O Inca estima o diagnóstico de 10.640 casos de câncer de bexiga no Brasil em 2020.  Esses valores correspondem a um risco estimado de 7,23 casos novos a cada 100 mil homens e 2,80 para cada 100 mil mulheres, uma relação de 3 homens para cada uma mulher.
O câncer de bexiga é o décimo primeiro tumor mais prevalente na população. Cerca de 90% dos diagnósticos do tumor na fase inicial podem ser curados com uma cirurgia endoscópica. Mesmo assim, a doença pode avançar e, caso se torne metastática, tem uma mortalidade acima de 90%.
“Se o diagnóstico é feito na fase mais avançada da doença, quando as células cancerígenas invadem a parede muscular da bexiga, é necessário realizar uma cirurgia para retirada completa do órgão com a necessidade de reconstrução do trato urinário por uma técnica minimamente invasiva, como laparoscopia ou cirurgia robótica. Essas técnicas permitem uma série de benefícios, como menor sangramento, menos dor, discretos, pequenos cortes na barriga e alta hospitalar mais precoce”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – Seccional Bahia e coordenador do Serviço de Urologia da Universidade Federal da Bahia, Lucas Batista.
*Tratamento de câncer na pandemia*
O câncer de bexiga é bastante agressivo e ter uma possibilidade de reincidência entre 30% e 70% dos casos. Portanto, os pacientes que se encontram em tratamento não devem se afastar do acompanhamento médico.
O urologista alerta que durante a pandemia da Covid-19 o isolamento social é importante, entretanto, a doença merece atenção. É importante procurar com urgência um urologista em caso de manifestação de sintomas urinários para investigação da doença, para não ter o diagnóstico tardio e não aumentar a morbidade e mortalidade no câncer de bexiga.
“A presença de sangue na urina, principalmente sem dor e vontade de urinar constantemente são sintomas importantes que devem ser levados a sério e precisam ser investigados rapidamente em uma consulta com o urologista” afirma o especialista.
Contatos para entrevista:
Lucas Teixeira Batista – presidente da Sociedade Brasileira de Urologia- Seção Bahia – 98164-8707

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