As inúmeras reclamações geradas pela insatisfação por parte de clientes dos planos de saúde e operadoras surtiram efeito. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a venda de 43 planos de saúde de 16 operadoras em decorrência do descumprimento dos prazos máximos de atendimento e negativas indevidas de cobertura, entre outras queixas de natureza assistencial.
A medida suspendeu a comercialização de novos pacotes de planos, acarretando no impedimento da adesão de novos consumidores. Para reatar os lucros e conseguir adquirir novos clientes, as operadoras terão que comprovar uma melhora significativa por parte das assistências prestadas. Isto é válido apenas para os novos beneficiários. Os já existentes permanecem com o atendimento normalmente.
Mais de 610 mil beneficiários foram protegidos diretamente com a medida, que fez parte do 15º ciclo do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, a cada três meses divulgado pela ANS. Frequentemente as operadoras são avaliadas no que tange a sua cobertura assistencial e ao número de reclamações a elas impostas.
Além de interromper a venda, as operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multas que variam de R$ 80 mil a R$ 100 mil. Com isto, quem sai ganhando são os clientes, pois as operadoras são obrigadas a modificar o seu comportamento perante o associado, gerando sempre um aperfeiçoamento tanto no atendimento quanto nas contratações destes beneficiários.
Novos planos só poderão ser comercializados a partir de uma nova postura acerca da atual posição da empresa, pois elas literalmente perdem dinheiro. A adequação da assistência por sua vez protege os beneficiários, evitando a entrada de novos consumidores enquanto esta não for meramente comprovada.
Exemplo disto são os 38 planos de saúde de 14 operadoras que se viram interceptadas para novas comercializações e, apenas apresentando melhorias podem retomar suas vendas normalmente. O constante monitoramento da qualidade dos serviços prestados fez com que 1.170 planos de 158 operadoras tivessem as vendas suspensas e outros tantos 1.014 retornaram ao mercado após ter sido comprovadas as melhorias no atendimento.
Redação Saúde no Ar*
(A.P.N)