Uma pesquisa feita por Marcelo Larami Santoro, Ana Teresa Azevedo Sachetto e Jaqueline Gomes Rosa, produzido pelo Laboratório de Fisiopatologia do Instituto Butantan, em São Paulo, concluiu que a rutina, substância encontrada em plantas e frutas tem efeito protetor contra o veneno da cobra jararaca.
A rutina é um flavonoide que serve de pigmento a diversos vegetais e frutas, tais como cerejas, framboesas e maçãs, dando a eles cores vibrantes, com alto poder antioxidante e anti-inflamatório. O envenenamento por picadas de jararaca causa problemas de coagulação, que resultam do aumento da atividade do fator tissular.
“A atividade do fator tissular é controlada pela enzima PDI e sabemos que a rutina tem o poder de inibir a PDI. Pensamos que seria possível usar a rutina para evitar a expressão do fator tissular nos casos de envenenamento, reduzindo assim complicações secundárias como a coagulação sanguínea”, explicou Santoro. E ele destaca:
“No envenenamento, aumenta a atividade do fator tissular. No grupo de animais nos quais injetou-se veneno e rutina, verificamos que a rutina reduziu o distúrbio da coagulação, protegendo assim o organismo dos camundongos das ações de coagulação do envenenamento”, disse Santoro. “No entanto, não sabemos qual foi o alvo da rutina ou de que forma ela agiu no organismo dos animais para controlar o fator tissular”, ressaltou.
70% dos acidentes com serpentes peçonhentas no estado paulista.
Fonte: Instituto Butantã/ Agência Brasil.
Foto: Fio Cruz
JR
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