STF debate o combate a desinformação e a defesa da Democracia

Nesta sexta-feira (15/09) durante o segundo dia do seminário Combate à Desinformação e Defesa da Democracia, promovido pelo Supremo Tribunal Federal (STF),foi abordado o tema: Combate à Desinformação e Defesa da Democracia.

Na abertura do painel, o ministro do STF Gilmar Mendes disse que a divulgação de notícias falsas é um dos males contemporâneos de nossa sociedade moderna. Segundo ele, o fato de o seminário ser realizado na sede do STF tem um valor simbólico, em virtude de o prédio da Corte ter sofrido ataques durante os atos de 8 de janeiro. “Pretenderam levar a fragilização das instituições e a desordem social, mas não conseguiram. E isso foi demonstrado nos últimos 9 meses pela força e resiliência dos três poderes da República na condução das investigações e na reconstrução de seus edifícios”, destacou o ministro.

“Como uma pessoa cega faz para verificar as informações em sites de notícias? Como uma pessoa surda, que é alfabetizada apenas em Libras, faz para checar a informação em uma agência de checagem? Ainda que em alguma medida exista algum grau de acessibilidade, a maioria não está totalmente acessível”, disse o professor e doutor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) Marco Bonito, durante o painel Educação midiática, comunicação inclusiva e divulgação científica no combate à desinformação.

Segundo o professoro, o Estatuto da Pessoa com Deficiência,não é integralmente cumprida pelos meios de comunicação.
“Isso precisa ser encarado com mais seriedade pelos produtores de conteúdo. Há uma legislação em vigor, e o não cumprimento é um crime contra um direito humano à comunicação”, denuncia.

Embora a interpretação por Libras já seja um pouco mais comum, especialmente na comunicação pública, mas a audiodescrição ainda é praticamente inexistente. “Isso acontece por falta de vontade política para que a lei seja exigida, além de um lobby das grandes empresas de comunicação”, disse

“Embora haja uma grande desconfiança dos jovens em relação à circulação de notícias falsas e perfis oportunistas, há pouca qualificação em termos de educação midiática. Não há leitura de notícias, não há checagem de fontes, tão pouco problematização da origem das informações”, destacou a professora,de Comunicação Social Janine Bargas, que hoje atua na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFSCA).

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