O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, disse neste domingo, 1º, que a Starlink, empresa de internet via satélite, informou que não cumprirá a ordem de bloquear o X (antigo Twitter) no Brasil enquanto o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes não desbloquear as contas bancárias da empresa.
“Entrei em contato com os advogados da Starlink perante a Anatel e o que nos foi informado ao longo da tarde é que a Starlink não ia bloquear o acesso ao X enquanto não fossem liberados os recursos bloqueados pela Justiça associados à Starlink”, disse Baigorri
Ao se recusar a cumprir a determinação judicial para bloquear o acesso ao X no Brasil, a Starlink pode ter o direito de operar no país cassado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)
A Starlink é a empresa de internet por satélite com o maior número de clientes no país; com 250 mil assinantes a segunda colocada (Viasat Brasil Serviços) tem 178.847 assinantes…
“Sim, o X ainda está acessível a clientes da Starlink neste momento e recebi evidências de clientes do serviço em solo brasileiro que continuam navegando com sucesso pelo serviço”
O bloqueio financeiro foi feito para garantir o pagamento das multas aplicadas ao X por descumprimento de decisões judiciais
Tanto o X quanto a Starlink são controlados pelo bilionário Elon Musk. Moraes suspendeu a plataforma após a empresa se recusar a apontar um representante legal no País. O magistrado também determinou o bloqueio das contas bancárias da Starlink na sexta-feira, 29.
Mas a Starlink é uma operadora de internet e para que o bloqueio do X seja 100%, todas as empresas operadoras de telefonia, precisa fazer o bloqueio do X.
A desobediência da ordem judicial, poderá acarretar em prisão de representantes da Starlink. Ela é responsável por ínúmeros serviços ao país, inclusive na região amazônica e ao Exército.
O X, antigo Twitter, expôs, neste domingo, 1º, a decisão sigilosa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou, mais tarde, na suspensão da rede social controlada pelo empresário Elon Musk. O documento permite a constatação dos crimes investigados na Suprema Corte que foram ignorados pela plataforma do bilionário.
O presidente da Anatel afirmou que a informação foi encaminhada para Moraes e que caberá ao ministro tomar “as medidas que entender cabíveis”.