Artigo cientifico preliminar publicado na revista The Lancet, revela os resultados das fases 1 e 2 dos ensaios clínicos da vacina Sputnik V, desenvolvida na Rússia para o novo coronavírus. Segundo o artigo o imunizante teve resposta imune e não apresentou efeitos adversos. A vacina gerou desconfiança no meio cientifico pela falta de testes e transparência nas pesquisa. No Brasil, o Paraná firmou uma parceria para desenvolver a vacina russa, o governo do estado da Bahia também esta em negociação para os testes acontecerem no estado.
A pesquisa realizada pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia de Gamaleya deve ter os resultado completo dos testes da vacina realizado em animais publicado ainda em setembro. O ensaio foi conduzido em primatas, hamsters sírios e camundongos transgênicos, e mostrou 100% de eficácia protetora da vacina (os resultados em primatas e hamsters sírios foram obtidos antes dos ensaios clínicos).
Segundo o governo russo, os resultados dos ensaios clínicos com 40 mil voluntários devem ser publicados entre outubro e novembro. No artigo, o imunizante não mostraram eventos adversos sérios (SAE, Grau 3) para nenhum dos critérios, enquanto a incidência de eventos adversos sérios para outras vacinas candidatas varia de 1% a 25%.
De acordo com a publicação o nível de anticorpos neutralizantes de vírus dos voluntários vacinados com Sputnik V foi 1,4-1,5 vezes maior do que o nível de anticorpos de pessoas que tiveram covid-19. Além disso, ainda segundo o artigo todos os voluntários desenvolveram imunidade de células T, representada por células CD4 + e CD8 +, que garantem o reconhecimento e a destruição de células infectadas com SARS-CoV-2.
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